Internacional
Em comunicado oficial, Maduro chama Guaidó de ‘fantoche do imperialismo norte-americano’
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Única instituição política controlada pela oposição na Venezuela, a Assembleia Nacional foi palco de grande confusão na tarde do último domingo
(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Em um comunicado oficial divulgado nesta segunda-feira, na página do governo venezuelano na internet, o presidente Nicolás Maduro disse que “o país repudia (o deputado e autoproclamado presidente da República) Juan Guaidó como fantoche do imperialismo norte-americano, um homem muito corrupto que sai da Assembleia Nacional multimilionário, que roubou os 400 milhões de dólares que o governo estadunidense lhe deu”.
“Não procurem desculpas para justificar a derrota. Se o deputado fracassado Juan Guaidó não entrou no Parlamento é porque ele não queria enfrentar, porque não tinha votos para se reeleger”, afirmou Maduro, referindo-se ao ocorrido na tarde do último domingo, no palácio legislativo da Venezuela.
Única instituição política controlada pela oposição na Venezuela, a Assembleia Nacional foi palco de grande confusão. Houve gritaria e empurra-empurra dentro e fora do palácio, com membros da Guarda Nacional impedindo a entrada de vários congressistas, entre eles Guaidó, que tentou pular uma cerca, mas foi barrado por policiais com equipamento antimotim.
Por um lado, congressistas pró-governo elegeram Luis Parra presidente da Assembleia Nacional em uma sessão sem quórum, nem votação, e que sequer foi declarada aberta. Fora do Congresso, no entanto, Guaidó foi reeleito para o cargo, em uma votação nominal e presencial, pelos votos de 100 deputados. Para conseguir a reeleição, eram necessários 84 votos.
Em discurso na televisão no fim da tarde do último domingo, Maduro reconheceu Parra e pediu novas eleições para a Assembleia Nacional em 2020. “Aspiramos a recuperar a Assembleia Nacional com votos e vamos alcançá-la”, disse o presidente.
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