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Política

‘É muito difícil explicar o motivo do Aécio estar no PSDB’, afirma Bruno Covas

Prefeito de São Paulo defende que, ao manter o neto de Tancredo em seus quadros, o partido "comete o mesmo erro que o PT"

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Prefeito de São Paulo defende que, ao manter o neto de Tancredo em seus quadros, o partido “comete o mesmo erro que o PT”
(Foto: Montagem/Reprodução)

Após receber alta do Hospital Sírio Libanês, na última quarta-feira, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB-SP), concedeu uma entrevista ao jornal Valor Econômico em que comentou sobre os conflitos internos da sigla e os seus planos de reeleição para 2020. Durante a conversa, ele se disse desconfortável de ter como colega de partido o ex-senador Aécio Neves (PSDB-MG) e defendeu a expulsão do neto de Tancredo.

“Estou muito desconfortável de fazer parte de um partido que tem Aécio como quadro. Mas ainda está em tempo de o PSDB expulsá-lo”, afirmou Covas. “Acusação, até eu tenho. Tenho um monte de processo do período que estou aqui como prefeito. Mas é muito difícil de explicar o motivo de um cara desses, como o Aécio, ainda estar no PSDB. (O partido) comete o mesmo erro que apontamos no PT. Não expulsa quem foi condenado pela Justiça”, aponta na sequência.

Sobre a sua pretensão em conseguir se reeleger para Prefeitura de São Paulo, Bruno Covas disse que, caso se concretize sua vitória nas urnas, isso poderá se refletir positivamente no nome de João Dória para as eleições presidenciais de 2022. “O resultado da eleição para prefeito de São Paulo não muda muito o resultado para presidente. O que muda é o ganho político, a musculatura que ganha dentro do partido. Quando Kassab foi reeleito, Serra ganhou mais músculo, mas não ganhou a eleição presidencial de 2010. Do ponto de vista eleitoral, essa relação nunca acontece. Mas no mundo político tem reflexo na importância partidária e na musculatura que os atores envolvidos na candidatura vitoriosa ganham”, analisa.

Perguntado pelo Valor Econômico acerca da possibilidade da deputada federal Joice Hasselmann (PSL -SP) ser sua vice-prefeita na chapa de 2020, Covas se esquivou. “Não está definido nem se o PSL é o partido do presidente ou não, quem é o líder do PSL na Câmara, quem vai continuar à frente do PSL. E neste momento, não há nenhuma escolha entre A, B ou C, de quem vai ser o vice do PSDB. Como também não há nenhum veto a nenhum nome”, respondeu o tucano.

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