Esportes
‘Tirem os fantasmas da cabeça, porque o Brasil tem grandes treinadores’, diz Jorge Jesus
Técnico rubro-negro rebateu críticas de outros comandantes do Brasil
O Flamengo venceu o Grêmio por 1 a 0, neste domingo, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. O técnico Jorge Jesus concedeu entrevista após a vitória em Porto Alegre. Durante a coletiva, ele ressaltou que não veio para ensinar nada a ninguém e que os colegas devem “abrir” mais a cabeça.
“Nosso grande objetivo eram os três pontos, independente de quem jogasse. Todos sabem a ideia da equipe. Tínhamos segurança total. Não coloquei a maioria dos titulares porque perderia dois dias de treino”
“Gabigol é o goleador do campeonato, queria jogar, fazer gols. Se eu soubesse o que aconteceria, não teria colocado. Mas não sou bruxo”
“Me preocupa (Gabigol). Ainda não consegui fazer ele emocionalmente um grande jogador como é tecnicamente e taticamente. Tem que ter equilíbrio. Mas é jovem ainda, tem tempo. É importante que os grandes jogadores sejam exemplos”.
“Sobre os meus colegas… vim para o Brasil ,sou um treinador como eles. Não vim tirar lugar de ninguém. Não vim ensinar a ninguém. Não sou melhor nem pior do que nenhum. Queria lembrar aos meus colegas que em Portugal já trabalhou um brasileiro, o Scolari”.
“Scolari é acarinhado pelos portugueses. Autuori, Rene Simões, Abel… e muitos outros. Quando estiveram lá, tentamos aprender. Não havia essa agressividade verbal que há comigo. Não entendo essas mentes fechadas”
“Não me incomoda. Quero que meus colegas cresçam. Não sabem o que é globalização. Que de uma vez por todas tirem os fantasmas da cabeça, porque o Brasil tem grandes treinadores”.
“A maioria das vezes, é (parecida com a Laranja Mecânica). Essa seleção marcou muita gente e a mim, com um grande expoente, o Cruyff. Tentei durante a minha carreira olhar para o jogo da minha maneira. Mas todas as formas de eu treinar meu time são da minha cabeça”.
“Demos mais um passo rumo ao título, mas ainda não ganhamos. Está mais perto”
“River tem virtudes e defeitos, como o Flamengo. São dois grandes times, não há favoritismo. Estamos empenhados. Acreditamos em tudo o que fazemos, com qualidade ofensiva. Os meus jogadores também acreditam nisso”
“Os melhores são sempre os que têm mais adversários contra. No Brasil, o Flamengo é uma nação. Há torcedores que são contra o Flamengo. É saudável, é preciso isso no futebol, com respeito. Estou mais preocupado com a expulsão do que com os torcedores xingarem”
“O River esteve várias vezes e sabe viver com isso. O Grêmio também já tinha vencido, e nós eliminamos. O River chegou mais que nós, tem mais experiência, mas temos muita vontade de vencer essa final. Nada vai nos atrapalhar”.
“Jogo de hoje foi importante não só pelos três pontos, que nos fez abrir mais vantagem. Serviu para dar Arrascaeta mais tempo e jogo e também para trabalharmos em cima de um sistema de jogo que o Grêmio apresentou com os dois avançados. Foi um bom treino para final”