Neste sábado, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que pegou a gravação que foi feita nas ligações da portaria do condomínio que tem uma casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. De acordo com ele, a atitude foi tomada para que o material não fosse adulterado.
Esta semana, uma reportagem do Jornal Nacional, da Rede Globo, revelou que um porteiro do condomínio, em depoimento à Polícia Civil, contou que Élcio de Queiroz, um dos suspeitos do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, esteve no local horas antes do crime, e teve a entrada autorizada pelo presidente.
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Porém, ao entrar no condomínio, Quiroz não foi para a casa de número 58, que é do presidente, mas sim de Ronnie Lessa, outro suspeito do crime, que também tem um imóvel no lugar. Nesse momento, o então deputado Bolsonaro estava em Brasília.
De acordo com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o porteiro mentiu no depoimento, mas uma das procuradoras do órgão envolvida na investigação pediu para ser afastada, depois que fotos dela com Bolsonaro começaram a circular pelas redes sociais.
Na manhã de hoje, enquanto comprava uma motocicleta em Brasília, o presidente falou com jornalistas na porta da concessionária.
“Nós pegamos, antes que fosse adulterada, ou tentasse adulterar, pegamos toda a memória da secretária eletrônica que é guardada há mais de ano. A voz não é a minha”, disse Bolsonaro.