Política
Vereador do PSOL critica aproximação de Freixo com PT e PC do B: ‘População não vai esquecer disso na hora de votar’
Recentemente, Renato Cinco se lançou como pré-candidato a prefeito do Rio pelo PSOLEm entrevista à revista Veja, o vereador Renato Cinco (PSOL – RJ) fez severas críticas em relação à pré-candidatura do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL – RJ) à prefeitura do Rio de Janeiro. De acordo com ele, Freixo comete um erro ao articular a criação de uma frente ampla de esquerda, com participações de PT, PDT, PSB e PC do B, além da Rede e do PV, pois estes partidos “nunca implementaram um programa de esquerda quando foram governo”.
“São partidos que estiveram comprometidos com as piores gestões da história do Rio de Janeiro, no estado e no município. A população não vai esquecer disso na hora de votar. Precisamos de autonomia e de um projeto de esquerda socialista para cidade do Rio, porque hoje há razão nos que dizem que o PSOL se comporta como linha auxiliar do PT”, avaliou Renato.
Indagado sobre a importância de se costurar alianças amplas para conseguir governar, Renato Cinco afirmou: “É preciso coerência. Do ponto de vista das lutas práticas, temos que realmente nos unir em defesa da Amazônia e contra a Reforma da Previdência, por exemplo. No caso da maconha, no qual milito há anos, há gente de esquerda e de direita. Mas na disputa eleitoral não pode ser assim, a formulação tem que ser mais profunda. O discurso é de ‘união contra o fascismo’, mas, na prática, a Previdência foi votada sem manifestações nas ruas”.
Para o vereador, o PSOL deve apenas fazer aliança com o PCB e o PSTU. “Um novo ciclo de centro-esquerda, baseado nessas alianças que já foram feitas, pode levar a mais uma decepção da população e ao surgimento de uma direita ainda mais forte que a atual”, ponderou.
Durante a entrevista, Renato Cinco ainda aproveitou para se lançar como pré-candidato à Prefeitura carioca: “A maior parte das correntes do partido está com o Marcelo Freixo, mas é necessário que a gente discuta um programa, faça um diagnóstico da cidade e aí passamos para discussão das alianças. O debate sobre 2020 não pode partir da pergunta ‘quem são os nossos aliados?’”. “Não vejo problema do Freixo dar entrevistas como candidato. Mas tem de haver um debate”, concluiu.