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Polícia Civil faz operação contra lavagem de dinheiro de um dos chefes do tráfico do Engenho Novo e de Bonsucesso

Segundo as investigações, 'Fabinho São João' usava empresas para lavar dinheiro do tráfico

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Fabinho São João é preso em casa, em Itaboraí. Foto: Reprodução

A Polícia Civil, através do Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD), realiza na manhã desta terça-feira, a operação “Disk Gás”. Fábio Pinto dos Santos, conhecido com “Fabinho São João” foi preso em casa, em Itaboraí. Contra ele, havia três mandados de prisão em aberto por crimes como homicídio e associação ao tráfico de drogas. A operação conta com 40 policiais e também visa cumprir oito mandados de busca e apreensão em residências e empresas ligadas a parentes de Fabinho. A investigação, que começou há cinco meses, apura crimes contra a ordem tributária, contra a ordem econômica e lavagem de dinheiro. O dinheiro, obtido em razão de atividades ilícitas, era passado à empresas pertencentes a parentes de “Fabinho São João”, uma delas distribuidora de gás, localizada em Manguinhos e no Jacaré.

De acordo com as investigações, um sobrinho de “Fabinho São João” movimentou, em conta bancária, uma quantia de quase R$ 1 milhão no período de 18 meses. A polícia não descarta o envolvimento de outras pessoas de fora da família, que podem também estar sendo usadas como “laranjas”, emprestando contas bancárias para serem utilizadas como contas de passagem.

“Fabinho São João” é investigado sob acusação de ser um dos chefes do tráfico de drogas no Morro São João, no Engenho Novo, e na comunidade de Manguinhos, em Bonsucesso. Ele é considerado um dos principais líderes da maior facção criminosa do estado.

Preso em 2009 e condenado por tráfico de drogas, “Fabinho São João” foi transferido para o presídio federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Ele saiu da prisão em setembro de 2016, com sentença cumprida. Em abril deste ano, foi alvo de outra operação da Polícia Civil, em que policiais da 25ª DP (Engenho Novo) apuraram que ele promoveria invasões no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, comunidade ao lado do Morro do São João.

A ação conta também com fiscais da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e com Auditores Fiscais da Secretaria de Estado de Fazenda (Superintendência de Fiscalização – SUFIS).