Papa Francisco afirma que a Amazônia precisa do 'fogo de Deus' - Super Rádio Tupi
Conecte-se conosco

Internacional

Papa Francisco afirma que a Amazônia precisa do ‘fogo de Deus’

Fala do pontífice foi feita durante a missa de abertura do Sínodo dos Bispos para a Região Pan Amazônica

Publicado

em

Fala do pontífice foi feita durante a missa de abertura do Sínodo dos Bispos para a Região Pan Amazônica
(Foto: Reprodução)

O papa Francisco declarou, na manhã deste domingo, que a Amazônia precisa do fogo de Deus e não do fogo ateado por interesses. A fala foi feita durante a missa de abertura da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan Amazônica, celebrada na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

“O fogo ateado por interesses que destroem, como o que devastou recentemente a Amazônia, não é o do Evangelho. O fogo de Deus é calor que atrai e congrega em unidade. Alimenta-se com a partilha, não com os lucros”, afirmou o pontífice. Na celebração, Francisco disse ainda que o fogo de Deus é também amor que ilumina, que aquece e dá vida; e não aquele que se “alastra e devora”.

“Quando sem amor, nem respeito, se devoram povos e culturas, não é o fogo de Deus, mas do mundo. Contudo, quantas vezes o dom de Deus foi, não oferecido, mas imposto! Quantas vezes houve colonização em vez de evangelização! Deus nos preserve da ganância dos novos colonialismos”, afirmou o papa.

Francisco também pediu que o Espírito de Deus inspire o Sínodo para que renove os caminhos da Igreja Católica na Amazônia: “Reacender o dom no fogo do Espírito é o oposto de deixar as coisas correr sem se fazer nada. E ser fiéis à novidade do Espírito é uma graça que devemos pedir na oração. Ele, que faz novas todas as coisas, nos dê a sua prudência audaciosa; inspire o nosso Sínodo a renovar os caminhos para a Igreja na Amazônia, para que não se apague o fogo da missão.”

O Sínodo da Amazônia ocorre até o dia 27 deste mês, com o tema “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”. A celebração de abertura do evento religioso começou com a entrada de 185 padres sinodais, sendo 58 do Brasil. Estavam presentes também representantes de comunidades indígenas.