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Economia

Presidente do Banco Central defende que reformas irão possibilitar ‘crescimento mais sustentável’ da economia

Segundo Campos Neto, elevação econômica no passado tratou-se de "um voo de galinha", impulsionado pelo dinheiro público

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Segundo Campos Neto, elevação econômica no passado tratou-se de “um voo de galinha”, impulsionado pelo dinheiro público
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

De acordo com avaliação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no Relatório Trimestral de Inflação apresentado nesta quinta-feira, o crescimento da economia, acompanhado de reformas, será sustentável, diferentemente do que ocorreu no passado. A estimativa é que o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, crescerá 0,9% neste ano e 1,8%, em 2020.

Segundo Campos Neto, o crescimento maior da economia no passado foi impulsionado por dinheiro público: “Foi um voo de galinha”. Porém, ele destaca que agora houve uma mudança com maior participação do dinheiro privado no crescimento da economia, porque não há espaço fiscal para mais gastos públicos, e por ter sido adotada uma política de economia liberal. “É uma recuperação gradual. E essa recuperação, acompanhada das reformas, terá crescimento mais sustentável”, disse.

O presidente do Banco Central ressaltou que, além do andamento da reforma da Previdência, em outras áreas há avanços que são necessários para o estímulo da economia. Ele citou avanço em programa de venda de ativos públicos, a Lei da Liberdade Econômico e medidas de abertura comercial, por exemplo. Campos Neto também afirmou que, para o órgão, “a melhor forma de contribuir com o crescimento é manter a inflação estável”.

Campos Neto enfatizou que o câmbio é flutuante e que o papel do Banco Central é fazer intervenções no mercado de câmbio quando há disfunções. “Não temos nenhum dogma com relação a instrumentos”, disse, explicando que havia entendimento no passado de que todas as intervenções tinham que ser feitas prioritariamente por meio de swap, nome dado as operações no mercado futuro.

O presidente do Banco Central afirmou que o banco pode atuar também no mercado à vista, se julgar necessário: “Não temos nenhuma meta para swap”, afirmou. Sobre o aumento da cotação do dólar no Brasil, Campos Neto explicou que uma parte desse movimento foi reflexo da alta da moeda no mundo. Segundo ele, parte do processo foi também provocada pela antecipação de pagamentos de dívidas de empresas brasileiras no exterior, como a Petrobras.