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Como o Flamengo deve se comportar no jogo de ida contra o Internacional pela Libertadores?
Site Tupi.FM ouviu José Carlos Araújo, Cahê Mota e Rafael Mello, que opinaram sobre a postura que a equipe comandada por Jorge Jesus deve adotar na próxima quarta-feiraO Flamengo encara o Internacional na noite desta quarta-feira em um dos duelos mais esperados do ano no futebol brasileiro. O Maracanã será palco do embate entre as ideias de jogo que marcam os trabalhos do experiente Jorge Jesus pelo Flamengo e do jovem Odair Hellmann no lado colorado. Diante de mais de 60 mil torcedores apaixonados, é previsível que o Flamengo tome a iniciativa do jogo tanto por conta do mando de campo, quanto pela característica tradicional da equipe carioca, que é marcada pelo DNA ofensivo.
Na tarde desta terça-feira, a torcida do Flamengo recebeu a notícia de que Jorge Jesus não poderá contar com a presença de Gabigol no jogo mais importante do ano para o rubro-negro. O artilheiro da equipe na temporada voltou a sentir problemas musculares após a goleada diante do Vasco no último sábado em Brasília.
Ouvimos três especialistas conceituados e conhecedores de Flamengo para saber a seguinte questão: Como o Flamengo deve se comportar diante do Internacional pela partida de ida das quartas de final da Taça Libertadores do Maracanã? Para o narrador da Super Rádio Tupi, José Carlos Araújo, o Flamengo precisa manter a regularidade dos últimos jogos e aproveitar a ótima fase de Bruno Henrique, recém-convocado para a seleção brasileira.
“Eu acho que o Flamengo tem que se comportar como vem se comportando nos últimos jogos. Mantendo a tranquilidade e principalmente o equilíbrio entre a defesa, o meio de campo e o ataque. A torcida do Flamengo está acostumada a ver o time jogando pra frente, dificilmente vamos ver um treinador que coloque o Flamengo jogando pra trás, pois a torcida não vai aceitar. O Jorge Jesus já sentiu isso e precisa jogar pra frente, aproveitando a ótima fase do Bruno Henrique, que vem fazendo gol em quase todos os jogos”, comentou.
Na quarta-feira, o Flamengo irá reencontrar Paolo Guerrero, que carregava a camisa 9 e era o titular do ataque rubro-negro por três anos consecutivos. Desde que deixou o Flamengo e passou a atuar pelo Internacional, o peruano disputou 19 jogos e anotou 11 gols, com média de 0,57 gol por jogo. Ouvido pela reportagem da Super Rádio Tupi, o setorista do Flamengo no Globoesporte.com, Cahê Mota, falou sobre o impacto da presença de Guuerrero na partida da próxima quarta-feira com a camisa colorada. De acordo com o jornalista, uma marcação individual no atacante iria fugir das características do sistema defensivo de Jorge Jesus. Entretanto, Cahê deixou claro que o Flamengo precisa tomar muito cuidado com o atacante peruano, principalmente por conta da ótima fase vivida por ele desde que desembarcou em Porto Alegre.
“Acho que uma marcação individual no Guerrero fugiria um pouco do estilo de jogo que o Jorge Jesus vem implementando no Flamengo. Ele tem tido dificuldade para encaixar esse padrão com linhas altas e ter uma troca desse padrão apenas para esse jogo contra o Inter não vai ser uma solução para o português. Sem dúvida que o Guerrero está entre os três atacantes mais perigosos do Brasil. É um jogador muito inteligente, que sabe fazer o time jogar, mas ainda peca um pouco na questão do ofício de centroavante, que é fazer gol. No Inter ele tem ido melhor do que no Flamengo nessa característica, tem sido mais goleador, o que o torna ainda mais perigoso”, declarou.
O youtuber Rafael Mello, do canal “Rafla Mello”, chamou a atenção para a complexidade pertencente a um duelo eliminatório de 180 minutos. Para Rafael, o Flamengo precisa ter muita atenção para não sofrer gols em casa por conta do critério de desempate. O influenciador afirmou que a equipe precisa pegar como exemplo a partida de ida contra o Emelec pelas oitavas de final, onde o time se desconcentrou e acabou tendo que trazer uma desvantagem incômoda e perigosa para o jogo da volta.
“É um jogo de 180 minutos e o Flamengo precisa ter atenção nos dois jogos principalmente para não sofrer gols em casa pelo critério do gol qualificado. Pegar o exemplo do último jogo fora de casa contra o EMELEC, a diferença é que isso aconteceu lá (Equador) e conseguimos passar nos pênaltis. Contra o Inter é jogar compacto, com objetividade tentando fazer um placar positivo aqui, sem sofrer gol e marcar gols no segundo jogo lá”, afirmou.
A Super Rádio Tupi transmite esse jogão a partir das 21h30 com a narração de José Carlos Araújo e os comentários de Apolinho.