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Rio: Adolescente colombiano fica 40 dias preso em unidade para adultos

O menor foi detido com outras 7 pessoas por suspeita de roubos em Copacabana, o que é negado pelo grupo

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No Rio de Janeiro, um adolescente, de 17 anos, natural de Bucaramanga, na Colômbia, ficou preso mais de 40 dias em uma unidade prisional para adultos na cidade fluminense. O jovem foi preso em 4 de julho durante a Copa América. De acordo as autoridades, o menor e mais outras sete pessoas foram detidas suspeitas de roubo em Copacabana, na Zona Sul. Já o grupo nega a versão da polícia. A informação foi divulgada pelo jornalista Nicolás Satriano, do G1 Rio.

Segundo os estrangeiros, eles se envolveram em uma briga com torcedores de outros clubes colombianos. Após serem ouvidos pela Defensoria Pública estadual, o defensor público Eduardo Januário Newton, do Núcleo de Audiência de Custódia da Defensoria Pública estadual, ficou encarregado pela defesa do grupo e, a princípio, pediu que os estrangeiros fossem soltos, e que a prisão fosse comunicada ao Consulado Geral da Colômbia.

Apesar do pedido, a Justiça não concedeu o relaxamento da prisão e os estrangeiros tiveram a prisão convertida em preventiva, sem prazo definido.

A mãe do jovem enviou um e-mail para o defensor informando que o filho havia nascido em 28 de janeiro de 2002 e não em 2001, como constava no processo e que por isso não poderia estar num presídio para adultos. Entretanto, o desembargador Fernando Fernandy Fernandes, da 13ª Câmara Cível, entendeu que o caso não configuraria “urgência para fins de plantão noturno”.

“Ocorre, todavia, que o pleito formulado pelo impetrante, embora contenha matéria relevante, não configura urgência para fins de plantão noturno, já que a prisão foi decretada há mais de um mês, sendo certo que o pleito deve ser direcionado ao juiz natural da causa”, escreveu o magistrado.

Já o defensor público que atua no caso, Eduardo Januário Newton, classificou a situação como preocupante, já que o Brasil – e em especial o Rio de Janeiro – geralmente têm sediado grandes eventos.

“É preocupante. O Brasil, volta e meia, sedia um grande evento. E estrangeiros vêm pra cá. Quantos outros estrangeiros podem ter passado pela mesma situação? O Brasil está se expondo a uma questão diplomática séria por não fazer a comunicação consular”, avaliou o defensor.