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Asteroide que passou a cerca de 70 km de distância da Terra é identificado por brasileiro

Corpo celeste passou 'raspando' pela Terra e foi detectado por astrônomos amadores

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Um asteroide de aproximadamente 100 metros de diâmetro passou a 71,4 mil quilômetros de distância da Terra, na última quarta-feira. O corpo celeste passou “raspando” pelo planeta e foi detectado por astrônomos amadores de Minas Gerais. Eles dispararam o alerta para uma rede ligada à União Astronômica Internacional (UAI), o Asteroid 2019 OK está viajando ao redor do Sol com uma velocidade entre 50 mil e 60 mil km/h.

“Se houvesse colisão, possivelmente seria no Oceano Índico e poderia causar uma tsunami nas ilhas ao redor”, alerta o engenheiro civil Cristóvão Jacques, diretor sócio do Observatório Sonear (ou Observatório Austral para Pesquisas de Asteroides Próximos à Terra), responsável pela descoberta.

De acordo com Jacques, o asteroide pode voltar a passar próximo da Terra em 2035 e 2086, porque ele completa volta ao redor do Sol a cada 2,7 anos. Ainda segundo os estudiosos, o Asteroid 2019 OK poderia destruir uma metrópole caso colidisse com uma área continental.

Jacques conduz as pesquisas com o professor João Ribeiro e o advogado Eduardo Pimentel. A equipe usa dois telescópios localizados em Oliveira, a cerca de 160 km ao Sul de Belo Horizonte. Desde 2014, identificaram 32 asteroides e sete cometas que passaram perto da Terra.

“Quando encontramos um objeto suspeito, mandamos um e-mail para o Minor Planet Center, órgão ligado à UAI. Uma vez que os dados são validados, são disponibilizados na web para que outros astrônomos possam conferir”, explica Jacques.

Praticamente não há observatórios que realizam este trabalho no Hemisfério Sul e até hoje, já foram identificados mais de 17 mil asteroides próximos à Terra.

“Em média, um asteroide passa por semana entre a Terra e a Lua, mas normalmente eles são muito pequenos: têm entre dez a 20 metros de diâmetro, no máximo”, explica ele.