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Profissionais participam da GameXp e comentam sobre o mercado de trabalho na área de jogos
Professores contam suas experiências e explicam melhor o mundo dos gamesA GameXp começou com tudo e já no primeiro dia o público conseguiu acompanhar uma palestra com três profissionais na área de games. Regina Lucia, professora de jogos digitais da Estácio, Marlon Galvão e Bruno Fejó, professor e pesquisador em jogos na Puc Rio, estiveram no Parque Olímpico para contar um pouco da experiência e falar sobre o mercado de trabalho em jogos.
Atualmente muitas pessoas ganham a vida jogando. Antigamente, os games eram considerados somente um entretenimento, uma diversão, mas o cenário mudou e eles estão sendo levados como profissão. Regina Lúcia comentou sobre o profissional capacitado para esse ramo e a importância dos games no dia a dia.
“Durante muito tempo os jogos foram entretenimento, mas hoje é uma profissão. A faculdade não pode ficar fora de formar esse profissional. O quanto o profissional é criativo e dedicado, ele consegue desenvolver games interessantes, mas não é fácil. Existe dedicação e um olhar amplo para as novas tecnologias e programações. Os jogos fazem parte do dia a dia das pessoas. E cada mais são consumidos”, afirmou Regina Lucia.
Já Bruno Fejó completou o pensamento da colega de profissão e afirmou que hoje em dia é fundamental ter matérias sobre games nas faculdades.
“O que sempre me encantou é que o game contém praticamente todos os desafios da computação. Aprender a pesquisar, a construir. Você tem que caminhar com o profissional do futuro. Não é mais suficiente uma única disciplina, um único aspecto para desenvolver o game. Nós estamos caminhando e é o que o jovem tem que estar atento, na transdisciplinaridade”, completou Bruno.
O mercado de games cresceu muito de uns anos para cá. Os profissionais capacitados nessa área demonstram uma enorme satisfação com o reconhecimento da profissão e acreditam que o crescimento será ainda maior futuramente.
“O mercado é promissor. Os números estão crescendo. A indústria de jogos já está maior que a do cinema. O mercado existe e é bem interessante”, ponderou Regina Lucia.
Além disso, os profissionais de game ressaltaram que um profissional nessa área está se preparando para um mercado amplo e com muita experiência em outras áreas, como Recursos Humanos e Saúde.
“O mercado brasileiro é muito carente. Temos que incentivar o outro a fazer programação, estudar e entender que é isso que ele gosta, mostrar as ferramentas para que ele consiga desenvolver. Se conseguirmos eliminar isso, já com as crianças, estamos mudando o nosso país, impactando a nossa sociedade, gera valor e riqueza. Quando você está pulando carnaval e quer ir em uma área reservada, você vai ao camarote. Isso está muito presente no nosso dia a dia. Metas colocadas em empresas são games, você está jogando e são mecânicas utilizadas em games”, afirmou Marlon.
“Quando um jovem se prepara para esse mundo, ele está pronto para várias outras áreas. É um investimento, que não é só para games. Jogar, contar histórias, participar, é fundamental para o ser humano, ele se sente bem, se realiza, cria, se comunica. É inevitável. Por isso os games tem tanto sucesso. É muito mais prazeroso participar dos processos se você fala essa linguagem, de se divertir, contar histórias, superar desafios”, ressaltou Bruno Fejó.
“Um exemplo clássico na área de saúde é a classificação de riscos. Ele trabalha com a questão das cores e tem uma simbologia com essas questões. A gameficação já está na saúde. Nas empresas os processos seletivos são um exemplo”, destacou Regina Lucia.
Existe um amplo mercado no mundo de games, como jogos de vídeo-game, computador, internet, celular. Para Marlon, o que mais o atrai é o futebol. Mesmo assim ele consegue apreciar quem cria os games.
“O jogo que eu mais gosto é o futebol, eu fico encantado. Mas eu consigo apreciar quem é gamer mesmo, o cara que gosta de jogar e aprecio um pouco mais o cara que cria games, acho fascinante. O jogo está presente na nossa vida de várias formas”, afirmou Marlon.
Um outro assunto muito complexo no mundo dos jogos é a competição. Uma grande parte dos games são feitos com trabalho em grupo e eliminando adversários, o que requer uma atenção especial. Para Bruno Fejó isso é o diferencial e tem um gostinho muito saboroso.
“Competição é um motor pelo o qual você se atrai e descobre talentos. É algo que você não consegue em uma área expositiva normal. Isso, essas competições, são perfeitas. Você tem pouco tempo para tomar decisões rápidas, precisa ceder, aprende a trabalhar em equipe. Essa é uma forma de capacitar a pessoa, é uma nova maneira que todos nós estamos caminhando para aplicar no dia a dia”, encerrou Bruno Fejó.