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Rio

Usuários questionam reajuste no preço das passagens dos ônibus em Niterói e apontam problemas

Reclamações passam pela quantidade de veículos disponíveis, a velocidade dos ônibus de integração e a falta de ônibus com ar-condicionado para Zona Norte

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O valor da tarifa passou de R$ 3,90 para R$ 4,05 no último sábado
(Fotos: Diogo Sampaio)

O preço das passagens dos ônibus municipais de Niterói, região metropolitana do Rio, passou por um reajuste de R$ 3,90 para R$ 4,05 e a equipe do Tupi.FM foi ouvir os moradores sobre a qualidade do serviço. As reclamações passam pela quantidade de veículos disponíveis, a velocidade dos ônibus de integração e a falta de ônibus com sistema de ar-condicionado para Zona Norte do município.

De acordo com a prefeitura, O município autorizou reajuste de 3,8% nas tarifas de todas as linhas de ônibus da cidade, conforme determina contrato de concessão de serviços de transporte públicos assinado em 2012. A última mudança nos valores das passagens só foi feita em janeiro de 2017. Apesar de o contrato estipular oito reajustes, o Município só autorizou quatro correções pelo IPCA.

A infraestrutura e a quantidade dos veículos que rodam nos bairros da Zona Norte de Niterói, foi o principal alvo da crítica do estudante Filipe Pavão, de 21 anos.

“O serviço não é exemplar na Zona Norte. Linhas que circulam na Engenhoca são mais precárias. A linha 61, por exemplo, que liga Icaraí e Venda da Cruz (bairro na divisa com São Gonçalo) vive lotada em diversos horários”.

A estudante Raisa Lace, de 22 anos, moradora do bairro de Itaipu, na região Oceânica do município, também se queixou do serviço prestado.

“A quantidade de ônibus deveria aumentar, porque além de demorar, eles costumam passar muitos cheios, principalmente nos momentos de pico. O limite de velocidade também deveria ser avaliado, porque demorar uma hora e meia de Itaipu para chegar no Centro de Niterói é uma vergonha. Os novos ônibus que passam no túnel de Charitas deveriam ter melhorado a mobilidade, no entanto, há poucos lugares para sentar e costuma ficar muito cheio e isso chega a ser desumano. Então, de certa maneira, não melhorou tanto como os políticos prometeram na propaganda. Tem a questão do monopólio da Viação Pendotiba também, então de toda forma, não vejo possibilidade de melhorias, já que não tem concorrência”.

Para o encarregado operacional Francisco Junior, de 30 anos, morador do bairro do Cubango, o preço cobrado não faz jus ao serviço prestado pelas empresas de ônibus.

“Um valor absurdo para o trajeto que algumas linhas fazem na cidade. Temos lugares e bairros que as linhas se tornam inexistentes em alguns horários, operando de 30 a 40 minutos de espera por uma condução”.

Na opinião do arquiteto Rogério dos Santos, de 58 anos, morador de São Francisco, deveria haver mais clareza por parte da Prefeitura de Niterói no cálculo utilizado para determinar o valor do acréscimo.

“Os aumentos são feitos sem que haja uma transparência e sem que haja uma relação com o todo. O reajuste deveria levar em consideração o índice de desenvolvimento da cidade, por exemplo. E os serviços são muito aquém ainda. Não existe uma postura de atendimento, de atenção. É uma coisa meio ‘não tem jeito, vocês nos pertencem’. E um serviço que nós faz de refém e não que nos quer conquistar”.

A Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU) informa que a frota atual de Niterói é de 744 ônibus, sendo 90% com ar condicionado. Como consta na resolução conjunta da SMU, Procuradoria Geral do Municipal (PGM) e Controladoria Geral do Município (CGM), a meta de 95% de frota com ar-condicionado é para dezembro de 2020, com ênfase para os veículos que circulam na Zona Norte da cidade.