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PM e advogada viram réus no caso Marielle

Rodrigo Jorge Ferreira e Camila Lima Nogueira são suspeitos de atrapalhar as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes

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A Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público contra Rodrigo Jorge Ferreira, conhecido como Ferreirinha e a advogada Camila Lima Nogueira. Ambos são suspeitos de atrapalhar as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Um relatório da Polícia Federal sobre a investigação das mortes de Marielle e Anderson mostra que o PM contou uma história com a finalidade de confundir as autoridades e se vingar de seu ex-aliado da milícia, Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como Orlando Curicica. O PM foi segurança e motorista de Orlando Curicica, mas se voltou contra o patrão e o acusou de planejar o atentado, ao lado do vereador Marcello Siciliano, ambos sempre negaram o envolvimento.

Durante meses, Ferreirinha foi considerado a principal testemunha do Caso Marielle. Segundo policiais, o depoimento dele à Delegacia de Homicídios da Capital sobre o caso foi uma tentativa de dominar pontos, que pertenciam ao miliciano Orlando Curicica, na zona oeste do Rio.

A advogada de Ferreirinha, Camila Nogueira, que também virou ré no processo, afirmou, em março deste ano, que desconfiava da versão apresentada pelo cliente e que se sentia usada.

Conforme o MPRJ, o processo corre em segredo de justiça, por isso o órgão não pode dar mais detalhes sobre o caso. Ferreirinha foi preso no fim de maio durante operação da Polícia Civil e do MP para desarticular uma milícia que era comandada por Orlando Curicica.