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Economia

Expressões ligadas a passagens aéreas serviam para combinar propina

A revelação foi feita por Henrique Constantino, um dos donos da Gol, durante delação premiada

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A revelação foi feita por Henrique Constantino, um dos donos da Gol, durante delação premiada (Foto: Reprodução/ YouTube)

Em delação premiada, o empresário Henrique Constantino, um dos sócios proprietários da companhia aérea Gol, revelou à Justiça Federal que utilizava expressões relacionadas a passagens aéreas, para conversar sobre pagamentos de propinas, com o operador financeiro Lúcio Funaro.

As palavras serviam de códigos para estabelecer quais empresas de fachada, comandadas por Funaro, realizariam o pagamento das propinas. A maior parte dos valores tinha como destino políticos ligados ao MDB, como o ex-presidente da República Michel Temer (MDB).

Na delação, Constantino também anexou algumas trocas de e-mails entre sua secretária e uma funcionária de Funaro. Nas mensagens, eram acertados valores e pessoas jurídicas para transações bancárias, como relata o empresário: “Era comum Lúcio Funaro questionar sobre o andamento dos pagamentos indevidos. Algumas vezes por meio de nossas secretárias, por e-mail”.

O operador financeiro Lúcio Funaro já havia feito uma delação premiada, há dois anos. Já a de Constantino foi realizada no dia 25 de fevereiro deste ano, e divulgada pelo jornal “O Globo”, na última segunda-feira. O empresário  se comprometeu a indenizar os cofres públicos, em R$ 70 milhões.