Política
Inquérito contra Maia e Calheiros é arquivado por Fachin
A investigação era baseado na delação premiada de ex-executivos da empreiteira OdebrechtO ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin arquivou um inquérito, da Lava Jato, que tinha como alvo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e também o senador alagoano Renan Calheiros (MDB).
O inquérito havia sido aberto com base na delação premiada de ex-executivos da empreiteira Odebrecht, que relataram o pagamento de R$ 7 milhões em propina a diversos políticos na Câmara e no Senado para a aprovação, em 2013, de medidas provisórias em benefício da companhia e de suas subsidiárias.
Na parte que se refere a Maia e Calheiros, a Procuradoria-Geral da República (PGR) disse que as investigações não encontraram indícios suficientes para justificar o prosseguimento do caso, motivo pelo qual deveria ser arquivado.
Ante a solicitação de arquivamento feita pela PGR, Fachin destacou ser “obrigatório o deferimento do pedido, independentemente da análise das razões invocadas”, embora tenha ressalvado que o inquérito poderá ser reaberto “caso surjam novas evidências”.
Foram arquivadas também, em parte, menções ao ex-deputado baiano Lúcio Vieira Lima (MDB) no inquérito. Parte das suspeitas contra ele, porém, foram enviadas para a Justiça Federal do Distrito Federal, uma vez que foi em Brasília que “as tratativas espúrias teriam ocorrido”, segundo Fachin.
O ministro também enviou à Justiça do Distrito Federal menções feitas aos ex-senadores Romero Jucá (MDB) e Eunício Oliveira (MDB). À época em que os depoimentos da Odebrecht vieram à tona, todos os políticos citados negaram com veemência as acusações.
As informações são da Agência Brasil.