Toffoli rebate críticas, e afirma que retirada de reportagens não é censura e sim defesa do STF

(Foto: Pedro França/Agência Senado)

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, defendeu a medida do ministro Alexandre de Moraes de retirar do ar conteúdos dos sites “Crusoé” e “O Antagonista”. Para Toffoli, não houve censura no caso e a medida se fazia necessária, devido as reportagens irem além do direito à liberdade de expressão, estabelecido na Constituição Federal.

O conteúdo das reportagens, que foram determinadas a sair do ar, envolviam o nome de Dias Toffoli. Nas publicações, era afirmando que o presidente do STF havia sido citado por Marcelo Odebrecht, durante apuração das investigações da Lava Jato, no Paraná.

De acordo com o ministro: “Querem atingir o STF, por isso temos de ter defesa. Não podemos deixar o ódio entrar na nossa sociedade, na rede social e em meios que podem ser utilizados para atacar instituições e pessoas”.

A decisão em relação ao caso coube ao ministro Alexandre de Moraes, devido a sua posição de relator no processo de investigação sobre notícias falsas (fake news) que visam difamar ou caluniar ministros ou o próprio STF.

Sobre o assunto, Toffoli afirmou na entrevista: “Foram decisões tomadas pelo ministro Alexandre de Moraes e eu não tenho conhecimento específico sobre esses casos para poder avaliar. Eu confio nele. Se ele está atuando nesses casos é porque sabe o que está fazendo. Quem conhece Alexandre de Moraes sabe da sua competência, da sua lisura, da sua inteligência, e sabe que ele tem conhecimento para combater bandidos”.

Quando indagado, durante a entrevista, sobre qual é a sua relação com o pai do Marcelo Odebrecht, Toffoli fugiu na resposta: “Isso é tão curioso que eu até dou risada. Como você vai responder uma pergunta dessa? Essas questões todas vão ser resolvidas posteriormente”.