Brasil
Bolsonaro faz ato em Copacabana por anistia a envolvidos no 8/1
Ex-presidente convoca apoiadores em Copacabana para defender anistia a envolvidos nos ataques às sedes dos Três PoderesO ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados realizam, neste domingo (16), um ato na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro. O evento ocorre enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) se prepara para analisar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e outros membros do chamado “Núcleo 1”, acusados de tentativa de golpe de Estado.
Defesa da anistia e críticas ao STF
A manifestação reforça a mobilização pela anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Na última semana, o STF sentenciou mais 63 pessoas, elevando o total para 480. Bolsonaro conta com o apoio de outros políticos, que discursam em um trio elétrico.
Entre os políticos confirmados para o evento estão os governadores Cláudio Castro (PL-RJ), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Jorginho Melo (PL-SC) e Mauro Mendes (União-MT), além do deputado federal Nikolas Ferreira e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
O projeto de anistia, apoiado por alguns parlamentares, enfrenta resistência na Câmara dos Deputados. O presidente, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem adotado uma postura cautelosa em relação ao tema. Além disso, a manifestação inclui críticas ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre a tentativa de golpe.
Repercussão internacional
Os manifestantes também querem chamar a atenção de autoridades estrangeiras, especialmente dos Estados Unidos. Eduardo Bolsonaro (PL-SP), aliado do ex-presidente Donald Trump, tem sido criticado por partidos de esquerda, que o acusam de tentar influenciar o governo americano contra o STF e a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.
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Julgamento de Bolsonaro no STF
A denúncia da PGR contra Bolsonaro e outros integrantes do “Núcleo 1” será analisada pela 1ª Turma do STF em três sessões: duas no dia 25 de março e uma extraordinária no dia 26. O julgamento será conduzido pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia.
Além de Bolsonaro, são alvos da denúncia Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno e Braga Netto. Caso a acusação seja aceita, eles se tornarão réus e responderão criminalmente. A expectativa é que a denúncia seja acolhida pelo STF.

HENRIQUE TRICA
16 de março de 2025 em 12:06
Me causa estranheza e até náusea, quando vejo as pessoas falarem em Pátria livre e anistia, pregando a ditadura e a volta de governo militar.