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Polícia conclui inquérito sobre execução de delator do PCC e indicia seis suspeitos

Entre os indiciados estão dois policiais militares e dois traficantes

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Civil de São Paulo finalizou o inquérito sobre o assassinato de Vinicius Gritzbach, delator do PCC, morto a tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de São Paulo em novembro de 2024. Seis pessoas foram indiciadas por homicídio qualificado, incluindo três policiais militares e três traficantes.

Segundo a investigação, a morte foi motivada por vingança, liderada pelo traficante Emílio Carlos Gongorra, conhecido como “Cigarreira”, em retaliação à delação de Gritzbach, que expôs ligações entre o crime organizado e agentes do Estado.

O relatório final, com 486 páginas, detalha provas coletadas ao longo de quatro meses.

Os indiciados são:

  • Emílio Carlos Gongorra, o Cigarreira – apontado como mandante (foragido)
  • Diego Amaral, o Didi – apontado como mandante (foragido)
  • Kauê Amaral – atuava como olheiro no aeroporto (foragido)
  • Denis Antônio Martins, cabo da PM – executor (preso em 16/1)
  • Ruan Silva Rodrigues, soldado da PM – executor (preso em 21/1)
  • Fernando Genauro, tenente da PM – motorista do carro dos atiradores (preso em 18/1)

O crime foi enquadrado como homicídio quintuplamente qualificado, com agravantes como motivo torpe, uso de armas de alto calibre e emboscada. Durante o atentado, um motorista de aplicativo foi morto por bala perdida.

Além desse caso, um segundo inquérito investiga um esquema de corrupção envolvendo policiais civis e o PCC. O Ministério Público denunciou 12 pessoas, incluindo oito agentes, por crimes como lavagem de dinheiro e tráfico. Os réus podem ter de pagar R$ 40 milhões em indenizações.

Nesta fase do processo, a Justiça analisará o pedido de prisão preventiva dos envolvidos, enquanto outras investigações apuram possíveis financiadores do crime.

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