Economia
“Dinheiro garantido”, diz ministro, após corte no Bolsa Família
Ajustes no programa visam otimizar recursos, mas ministro garante que beneficiários continuarão amparados.
O governo brasileiro anunciou um corte significativo de R$ 7,7 bilhões no Orçamento de 2025 para o programa Bolsa Família. Essa decisão gerou preocupações sobre a continuidade do benefício, essencial para milhões de famílias em situação de vulnerabilidade. No entanto, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, assegurou que os recursos necessários para o pagamento do benefício estarão garantidos.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, assinou o ofício que formalizou o ajuste orçamentário e o encaminhou ao Congresso. O documento visa incluir R$ 3,6 bilhões para o Vale-Gás e R$ 1 bilhão para o programa Pé-de-Meia, além de outros ajustes necessários para acomodar as despesas previstas.
Como o governo planeja garantir os recursos para o Bolsa Família?
O ministro Wellington Dias destacou que o compromisso do presidente Lula com os mais pobres é uma prioridade, e que os cortes não afetarão o pagamento do Bolsa Família. Segundo ele, a estratégia envolve o combate a fraudes e o aumento da geração de empregos, o que tem permitido uma realocação eficiente dos recursos.
Embora o orçamento inicial tenha sido estabelecido em R$ 1 bilhão, o custo total estimado acabou sendo de R$ 11 bilhões. Além disso, o governo se vê na necessidade de ajustar o valor destinado ao Auxílio-Gás.

Inicialmente, o montante previsto era de R$ 600 milhões, mas, devido a novos cálculos e demandas, esse valor agora totaliza R$ 3,6 bilhões. Assim, é evidente que o governo precisará revisar suas previsões orçamentárias para lidar com essas alterações significativas.
Quais outras áreas serão afetadas pelos cortes?
Além do Bolsa Família, outras áreas também sofrerão cortes significativos. A cultura, por exemplo, enfrentará uma redução de R$ 4 bilhões na Lei Aldir Blanc, que apoia produções culturais em todo o país. A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, está realizando reuniões para resolver impasses e garantir a aprovação do Orçamento.
O presidente da Comissão Mista do Orçamento (CMO), deputado Julio Arcoverde, e o relator do Orçamento, senador Angelo Coronel, afirmaram que os cortes resultaram de auditorias rigorosas que o governo realizou, visando otimizar o uso dos recursos públicos e garantir que os benefícios cheguem a quem realmente precisa.
Qual é a perspectiva para o futuro dos programas sociais?
O governo brasileiro enfrenta o desafio de equilibrar o orçamento e, ao mesmo tempo, manter o compromisso com os programas sociais. A expectativa é que, com a melhoria da economia e a geração de empregos, mais pessoas deixem de depender do Bolsa Família, o que permitirá direcionar os recursos para outras áreas prioritárias.
As discussões sobre o orçamento continuam, e a previsão é que o projeto seja votado no plenário em 20 de março. O governo busca garantir que, apesar dos cortes, os programas sociais continuem a desempenhar seu papel crucial na redução da pobreza e na promoção da inclusão social.
