Inflação
Em fevereiro, inflação fica em 1,31%
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, a maior variação foi registrada pelo grupo Educação
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) , a inflação oficial do Brasil, de fevereiro foi de 1,31%, ficando 1,15 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de janeiro (0,16%). Esse foi o maior IPCA para um mês de fevereiro desde 2003 (1,57%). No ano, o IPCA acumula alta de 1,47% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,06%, acima dos 4,56% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2024, a variação havia sido de 0,83%.
Período | Taxa |
fev/25 | 1,31% |
jan/25 | 0,16% |
fev/24 | 0,83% |
Acumulado no ano | 1,47% |
Acumulado em 12 meses | 5,06% |
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, a maior variação foi registrada pelo grupo Educação (4,70% e 0,28 p.p.), seguido de Habitação (4,44%), responsável pelo maior impacto (0,65 p.p.) no índice do mês. Destacam-se, também, as altas nos grupos Alimentação e bebidas (0,70%) e Transportes (0,61%). Juntos, os quatro grupos respondem por 92% do índice IPCA de fevereiro.
IPCA – Variação e Impacto por grupos – mensal | ||||
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Janeiro | Fevereiro | Janeiro | Fevereiro | |
Índice Geral | 0,16 | 1,31 | 0,16 | 1,31 |
Alimentação e bebidas | 0,96 | 0,70 | 0,21 | 0,15 |
Habitação | -3,08 | 4,44 | -0,46 | 0,65 |
Artigos de residência | -0,09 | 0,44 | 0,00 | 0,01 |
Vestuário | -0,14 | 0,00 | -0,01 | 0,00 |
Transportes | 1,30 | 0,61 | 0,27 | 0,13 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,70 | 0,49 | 0,09 | 0,07 |
Despesas pessoais | 0,51 | 0,13 | 0,05 | 0,01 |
Educação | 0,26 | 4,70 | 0,02 | 0,28 |
Comunicação | -0,17 | 0,17 | -0,01 | 0,01 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
No grupo Educação (4,70%), a maior contribuição veio dos cursos regulares (5,69%), por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino fundamental (7,51%), do ensino médio (7,27%) e da pré-escola (7,02%).
No grupo Habitação (4,44%), a energia elétricaresidencial foi o subitem com o maior impacto positivo no índice (0,56 p.p.), ao avançar 16,80% em fevereiro, após a queda observada em janeiro (-14,21%), em função da incorporação do Bônus de Itaipu.
Também em Habitação, o resultado da taxa de água e esgoto (0,14%) reflete os reajustes de 6,84% nas tarifas em Campo Grande (1,18%), a partir de 3 de janeiro; 6,42% em Belo Horizonte (0,74%) e 6,45% em uma das concessionárias em Porto Alegre (0,37%), ambos vigentes desde 1º de janeiro. No subitem gás encanado (-0,64%), a variação de -0,90% no Rio de Janeiro foi resultado de um reajuste positivo de 4,71%, com início em 1° de janeiro, e de uma redução média de 1,78% nas tarifas, a partir de 1º de fevereiro. Em Curitiba (-2,80%), houve redução de 3,01% nas tarifas, a partir de 1° de fevereiro.
No grupo Alimentaçãoe bebidas (0,70%), a alimentação no domicílio subiu 0,79% em fevereiro, mostrando desaceleração em relação a janeiro (1,07%). Contribuíram para esse resultado as altas do ovo de galinha (15,39%) e do café moído (10,77%). No lado das quedas destacam-se a batata-inglesa (-4,10%), o arroz (-1,61%) e o leite longa vida (-1,04%).
A alimentação fora do domicílio (0,47%) também desacelerou em relação ao mês de janeiro (0,67%), com os subitens lanche (0,66%) e refeição (0,29%) mostrando variações inferiores às observadas no mês anterior (0,94% e 0,58%, respectivamente).
No grupo dos Transportes (0,61%), o resultado foi influenciado pelo aumento nos combustíveis (2,89%): óleo diesel (4,35%), etanol (3,62%) e gasolina (2,78%). Apenas o gás veicular (-0,52%) apresentou redução.
Ainda em Transportes, o resultado do ônibus urbano (3,00%) reflete os seguintes reajustes nas tarifas:
