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Serginho lamenta impotência diante de racismo na Bolívia: “Pior que uma entrada no tornozelo”
Presidente do Blooming, Juan Jordán, concedeu entrevista na última terça-feira e revelou que denunciou o atacante e o Jorge WilstermannPor: Redação Tupi
Serginho foi alvo de insultos racistas da torcida adversária na derrota do Jorge Wilstermann para o Blooming, no último domingo, pelo Campeonato Boliviano. O jogador brasileiro abandonou o campo aos 40 minutos do segundo tempo. Ele estava prestes a cobrar o escanteio até que decidiu cruzar o gramado e deixar o campo de maneira indignada. O atleta comentou sobre a situação desagradável.
– Sentimento de impotência. A gente fica triste com a situação. Joguei 90 minutos, fora o aquecimento, sendo insultado e ninguém fez nada. Falei uma, duas, três vezes com o árbitro, e ele fez pouco caso. Depois, na última vez, fez uma menção de chamar o capitão do outro time para poder parar. E você fica nessa situação, impotente, sem forças. É uma coisa que machuca. É pior que tomar uma pancada, uma entrada no tornozelo.
Antes de deixar o campo, Serginho já tinha reclamado com a arbitragem. O uruguaio Latorre, do Blooming, pediu para a sua torcida parar com os insultos, mas não adiantou. Na sequência, o brasileira arrancou do meio de campo e quase fez um golaço. Então, os xingamentos continuaram.
– Foi uma atitude que tive que tomar. Quando entrei, já ouvi alguns insultos racistas e procurei me concentrar. O jogo começou, e vi que boa parte da torcida do lado do camarote começou com os insultos. Começou o segundo tempo, fui para o outro lado… até que eu tomei essa decisão. Já tinha falado com o árbitro, que fez pouco caso. Então preferi sair.