Rio
Operação contra criminosos que atacaram delegacia deixa quatro mortos
As investigações apontam que todos os presos e mortos tiveram participação direta ou indireta no ataque à 60° DP (Campos Elíseos)
Quatro criminosos foram presos na madrugada deste sábado (22) durante uma operação da Polícia Civil na comunidade Vai-Quem-Quer, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. A ação, que tinha como objetivo recapturar presos da 60ª DP (Campos Elíseos), já capturou 35 membros da facção criminosa responsável pelo ataque à unidade.
As investigações apontam que todos os presos e mortos tiveram participação direta ou indireta no ataque.
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Além disso, quatro fuzis, três pistolas e entorpecentes foram apreendidos pelos agentes.
O governador Cláudio Castro afirmou que o Estado não permitirá afronta à ordem pública. “O Estado não permitirá que terroristas afrontem a ordem pública. Seguiremos firmes na caçada a cada envolvido nessa ação criminosa”, afirmou.
O secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, destacou a atuação integrada dos departamentos policiais para responsabilizar todos os envolvidos.
“Estamos fazendo um trabalho robusto de inteligência e investigação que envolve todos os departamentos da instituição. Os criminosos que participaram dessa investida e todos os que deram cobertura a eles serão responsabilizados com o rigor da lei”, afirma o delegado.
Força-Tarefa intensifica ações
Logo após o ataque, foi criada uma Força-Tarefa reunindo delegacias especializadas e distritais, além da Polícia Militar e órgãos de inteligência.
Na sexta-feira (21), policiais civis prenderam o gerente do tráfico da Mangueirinha, com quem foram encontrados dois fuzis e munições.
Dias antes, outro integrante da facção foi capturado portando um fuzil utilizado no ataque à delegacia.
Desmonte de bens e lavagem de dinheiro
Durante as ações, agentes demoliram um imóvel de luxo pertencente ao narcoterrorista Joab da Conceição Silva, líder do ataque. A casa, ainda em construção, era usada como ponto de encontro da quadrilha.
Além disso, um casal suspeito de atuar como “laranja” de Joab foi preso.
A operação também estourou um depósito de bebidas ligado ao esquema de lavagem de dinheiro do grupo, que financiava as atividades criminosas e o estilo de vida luxuoso dos integrantes da facção.
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