Temperaturas elevadas aumentam em 50% mortalidade entre idosos, diz estudo

Um estudo da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, divulgado nesta terça-feira (11), descreveu a relação entre o calor extremo e o aumento de mortalidade na Capital Fluminense. Foram analisados todos os registros de mortes naturais ocorridas entre 2012 e 2024.

A pesquisa indica uma associação entre a exposição ao calor e o excesso de mortalidade, com maior risco para idosos e portadores de doenças como diabetes e hipertensão, além de Alzheimer, insuficiência renal e infecções do trato urinário.

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O cálculo apontou que um registro de NC4, que acontece quando o índice de calor é igual ou superior a 40 graus, está associado a um aumento de 50% na mortalidade por doenças como hipertensão, diabetes e insuficiência renal entre pessoas idosas.

O mesmo acréscimo de mortalidade foi observado em apenas duas horas com calor igual ou superior a 44ºC. Em linha com outras evidências já produzidas pela comunidade científica, o estudo sugere também que os idosos são mais vulneráveis ao calor extremo do que os jovens.

Entre pessoas com 65 anos ou mais, o registro de temperaturas iguais ou superiores a 40ºC representou ainda um aumento de 25% nas mortes naturais, nas mortes causadas por doença arterial coronariana e também nas mortes que incluem influenza, pneumonia, doenças cerebrovasculares e outras doenças do aparelho circulatório.

Show da Taylor Swift

Para dar uma ideia do que isso significa, os pesquisadores citam o exemplo da onda de calor de novembro de 2023.

No dia 18 daquele mês, que ficou marcado pelo triste episódio da morte da jovem Ana Benevides durante o show da cantora Taylor Swift, o índice de calor do município ficou acima de 44°C por oito horas, o maior da série histórica.

Esta data, segundo o artigo, também registrou o maior número de óbitos de idosos por causas selecionadas observado em um só dia (151).