Bolsonaro planeja base dos EUA no Sul e saída do Brics e OMS se eleito

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que, caso volte ao comando do país, permitirá a instalação de uma base militar dos Estados Unidos na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.

Bolsonaro justificou a proposta como parte de um “acordo militar parrudo” com os EUA para combater a presença de grupos terroristas na região. “Eu vou permitir que seja instalada uma base militar dos EUA ali”, afirmou. A declaração foi dada à coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

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Além da parceria militar, o ex-presidente disse que retiraria o Brasil do Brics — bloco econômico que reúne Rússia, Índia, China e África do Sul — e também da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O parceria entre os países do Brics busca a cooperação econômica entre os países que o compõem para promover o desenvolvimento socioeconômico e a melhoria da qualidade de vida dos seus cidadãos.

Tentando seguir passos dos EUA e Argentina

A ideia de tirar o Brasil da OMS ocorre em meio a movimentos semelhantes em outros países. O porta-voz da presidência da Argentina, Manuel Adorni, anunciou nesta quarta-feira (5) que o país também deixará a entidade, seguindo a decisão do governo de Donald Trump, que rompeu com a organização logo após assumir o cargo nos Estados Unidos.

O governo americano justificou a decisão citando a “má gestão da pandemia de Covid-19, falhas na adoção de reformas necessárias e falta de independência política da organização”. A OMS, fundada em 1948, é referência global em saúde pública, responsável por estabelecer normas sanitárias internacionais e implementar programas de erradicação de doenças.