A Igreja pode alterar o Carnaval de fevereiro? Descubra agora

A Páscoa, uma das celebrações mais importantes na tradição cristã, ocorre em datas diferentes para as igrejas católicas e ortodoxas. Essa diferença surge devido à adoção de calendários distintos: enquanto a Igreja Católica segue o calendário gregoriano, a Igreja Ortodoxa utiliza o calendário juliano. Por uma rara coincidência, em 2025, a Páscoa será celebrada no mesmo dia em ambas as tradições, o que suscita um convite à reflexão sobre a unidade cristã.

Para os católicos, a data da Páscoa é móvel e é determinada pelo primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre após o equinócio de primavera no hemisfério norte. Dessa forma, a celebração pode variar entre os dias 22 de março e 25 de abril. Esta variabilidade também impacta outras festividades cristãs, amplamente influenciadas pela Páscoa.

Por que a Páscoa é comemorada em datas diferentes?

A diferença na celebração da Páscoa entre católicos e ortodoxos reside, essencialmente, na utilização de dois sistemas de calendários distintos. Essa divergência calendárica significa que, enquanto ambas as tradições seguem o mesmo princípio para determinar a data da Páscoa.

O primeiro domingo após a lua cheia posterior ao equinócio vernal – elas acabam calculando datas diferentes.

Como a Páscoa afeta o Carnaval?

Então o impacto da Páscoa sobre o Carnaval é significativo. Assim o Carnaval, reconhecido por suas celebrações exuberantes, ocorre 47 dias antes da Páscoa católica, marcando a véspera da Quarta-feira de Cinzas e o início da Quaresma.

A data móvel da Páscoa implica que o Carnaval também não possui um dia fixo no calendário, podendo ocorrer entre 4 de fevereiro e 9 de março. Estabelecer uma data mais permanente para a Páscoa poderia, consequentemente, fixar a celebração do Carnaval, racionalizando a organização desses eventos interculturais e inter-religiosos.

A coincidência das datas pode fortalecer a unidade cristã?

Em 2025, a coincidência das datas de celebrações traz uma chance única de promover a unidade cristã. O Papa enfatizou a importância de usar essa ocasião como uma oportunidade para os cristãos tomarem um “passo decisivo rumo à união”. A padronização da data de Páscoa não apenas simplificaria a celebração, mas também poderia funcionar como um símbolo significativo de solidariedade e coesão entre as diferentes tradições cristãs.

Na verdade, essa não é apenas uma questão de concordância sobre datas, mas sim uma chance de reflexão sobre o que une ambas as igrejas.

Com 2025, renovam-se esperanças de que esse encontro inspire um diálogo contínuo e produtivo em busca de maior entendimento entre cristãos ao redor do mundo.