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Concursos: memorização e hábito são parte da preparação

De acordo com Renato Alves, especialista em memorização, algumas estratégias auxiliam na preparação para concursos públicos. Uma delas é o hábito de estudos, no qual tudo aquilo que é praticado com frequência se transforme em memória de longo prazo

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As vagas em concursos públicos devem superar 100 mil em 2025, segundo levantamento da Associação de Apoio aos Concursos Públicos e Exames (Aconexa) repercutido pela CNN Brasil. Entre os processos seletivos aguardados para o ano, estão o da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), de diversos tribunais de justiça do país e secretarias estaduais da Fazenda, além de uma nova edição do Concurso Nacional Unificado (CNU).

Diante dessa expectativa, muitas pessoas passam a focar nos estudos com antecedência, a fim de ter mais chances de conseguir uma vaga no serviço público. No processo, é comum que surjam dúvidas sobre qual a melhor forma de organizar o conteúdo e se preparar adequadamente.

Renato Alves, especialista em memorização, recomenda que os candidatos adotem um hábito de estudos. “Um hábito é formado pela repetição, o que implica que tudo aquilo que é praticado com frequência se transforma em memória de longo prazo, tornando-se assim uma ação quase automática. Esse hábito não apenas se torna automático, mas também promissor, pois pode conduzir à aprovação em concursos públicos”, explica.

Dessa forma, ele diz que a maneira mais eficaz de desenvolver o hábito de estudos consiste em definir um horário específico para estudar. A pessoa deve, então, dedicar-se diariamente à tarefa até que se torne uma prática automática. Alves ressalta que não há uma regra rígida para a elaboração de um cronograma de estudos: é necessário fazer uma adaptação e ajuste à realidade de cada estudante.

“Por exemplo, o estudo mais intenso, que requer maior atenção e processamento cognitivo, deve ser agendado para o período da manhã, quando após uma boa noite de sono, o aluno está mais alerta e receptivo. Já os exercícios e revisões podem ser programados para momentos em que o candidato esteja um pouco fatigado pelos estudos”, diz, citando o caso de alguém que teria a manhã livre para se dedicar ao concurso. 

Alves afirma que até mesmo a compreensão de textos e conteúdos considerados mais difíceis pode ser facilitada se o estudante tiver um bom planejamento. Um exemplo disso são matérias de legislação – estas costumam preocupar candidatos não habituados com termos usados em leis, decretos, portarias e outras normas oficiais.

“Os textos que costumamos classificar como complexos são, na verdade, técnicos. Em uma primeira abordagem, o estudo pode parecer desafiador. A chave é concentrar-se nos primeiros passos do aprendizado e na construção de um vocabulário adequado. Isso permitirá que o cérebro leia e compreenda automaticamente os significados, tornando o estudo mais ágil e eficiente, além de potencializar a memorização”, detalha.

Outro desafio está em se manter motivado. Há casos de alunos que começam o processo com empolgação, mas que, com o passar do tempo, vão desanimando e perdendo o hábito de estudos, afirma Alves. Segundo o especialista, é necessário compreender que o cérebro é influenciado por hormônios, entre os quais se destacam a serotonina e a dopamina, conhecidos como hormônios de recompensa. A sensação de recompensa, por sua vez, resulta de conquistas alcançadas.

“O estudante deve valorizar pequenas vitórias, como concluir um plano de estudos, finalizar uma revisão ou completar a análise de um texto. Realizar simulados e obter bons resultados também proporciona doses benéficas de serotonina e dopamina, contribuindo para a motivação em buscar mais aprendizado. Estabelecer metas de estudo e cumpri-las se torna uma estratégia eficaz para sustentar a motivação ao longo do tempo”, recomenda.

Na avaliação de Alves, não há uma disciplina que seja intrinsecamente mais fácil ou mais difícil de ser memorizada em concursos públicos. O que realmente existe são cérebros preparados para assimilar esse conhecimento, afirma o especialista. 

“Se o seu cérebro não apresenta um bom desempenho em ciências exatas, possivelmente devido à falta de prática durante os períodos acadêmicos, essa disciplina será percebida como desafiadora. No entanto, para outro estudante, pode ser considerada acessível”, explica.

Ele acrescenta que o que se destaca é o compromisso com o aprendizado, independentemente se a matéria é simples ou complexa. “Todas precisam ser estudadas, compreendidas e memorizadas para que o aluno alcance sucesso nas avaliações. Essa é a realidade”, sintetiza Alves.

Para saber mais, basta acessar: https://renatoalves.com.br/

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