Seu filho passa muito tempo com tela? O que ninguém te conta sobre isso

No cenário contemporâneo, a presença de dispositivos eletrônicos, como celulares e tablets, nas mãos das crianças é uma realidade cada vez mais comum. Embora a interação com a tecnologia possa proporcionar certos benefícios, é importante reconhecer os riscos associados ao uso excessivo de telas na saúde infantil. Tal fenômeno tornou-se mais evidente durante a pandemia, quando as aulas online e as videochamadas se tornaram parte do cotidiano jovem.

A familiaridade das crianças com as tecnologias modernas é inegável, e esse contato inicial pode ser positivo em algumas circunstâncias. Quando a tecnologia é utilizada de maneira planejada, com foco em atividades interativas e educativas, ela pode ser uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento infantil. Contudo, o equilíbrio e a supervisão adequada são cruciais para evitar os malefícios do uso não moderado de telas.

Quais são os benefícios da tecnologia para as crianças?

As ferramentas digitais, quando bem utilizadas, podem oferecer várias vantagens às crianças. A tecnologia pode facilitar a memorização, auxiliar na concentração e até mesmo estimular a criatividade infantil. Esses dispositivos também podem incentivar o aprendizado de novas habilidades, como a programação, e melhorar o raciocínio lógico e a autonomia das crianças. Todavia, é essencial que essas atividades sejam realizadas de maneira pedagógica e sempre sob a supervisão dos responsáveis.

Os riscos do uso excessivo de telas e tecnologia

A exposição prolongada às telas traz consigo uma série de consequências negativas para as crianças. De acordo com especialistas, como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode impactar significativamente diferentes aspectos da saúde infantil. Entre os problemas ocasionados, estão:

• Distúrbios de sono: A exposição a telas antes de dormir pode afetar a qualidade do sono, causando insônia e aumentando o cansaço.
• Problemas visuais: O uso prolongado pode levar à fadiga ocular e ao desenvolvimento de miopia.
• Impactos na saúde mental: Aumento do risco de ansiedade, depressão e irritabilidade.
• Prejuízos no desenvolvimento cognitivo e social: Pode dificultar a capacidade de aprendizado e interação social.

Como promover o uso saudável de tecnologia?

Para minimizar os efeitos nocivos das telas, é necessário estabelecer limites claros e adequados para o tempo que as crianças passam em frente a dispositivos eletrônicos. As recomendações variam conforme a idade, mas a supervisão dos pais é sempre fundamental. Durante os primeiros anos de vida, é crucial que as crianças sejam estimuladas com experiências reais e interações diretas que favoreçam o desenvolvimento sensorial e motor.

Limitar o tempo de tela e incentivar pausas regulares de 30 minutos para descanso dos olhos e mobilidade física são estratégias eficazes. Além disso, introduzir outras atividades, como esportes e brincadeiras ao ar livre, pode não somente reduzir o tempo de telas, mas também fortalecer os laços familiares e promover um estilo de vida mais ativo e saudável.

Os desafios do monitoramento nos anos de adolescência

Conforme as crianças crescem e entram na adolescência, o monitoramento do uso de telas se torna mais desafiador. Nesta fase da vida, é fundamental que pais e responsáveis atuem com flexibilidade, combinando negociação e autoridade assertiva. O objetivo é proteger os jovens contra riscos como o cyberbullying e a exposição a conteúdos inadequados, ao mesmo tempo em que é cultivada uma relação de confiança entre as partes envolvidas.

O exemplo dos pais é uma ferramenta poderosa. Manter um equilíbrio entre o uso de tecnologias e atividades offline pode estabelecer padrões saudáveis que as crianças e adolescentes tendem a seguir. A implementação de regras justas e consistentes, como a conclusão de tarefas antes do uso de eletrônicos, ajuda a promover uma rotina equilibrada, respeitando o tempo dedicado a diversas atividades fundamentais para o desenvolvimento juvenil.