Entretenimento
Saneamento no Brasil: O abismo entre as cidades campeãs e as que mais precisam
O saneamento básico no Brasil é um retrato da desigualdade social. Entenda por que algumas cidades se destacam e outras ficam para trás.Recentemente, o Instituto Trata Brasil divulgou uma pesquisa abrangente que lança luz sobre as disparidades no saneamento básico entre os municípios mais populosos do Brasil. Focado em parâmetros como acesso à água potável e tratamento de esgoto, o estudo revela tanto os avanços quanto os desafios enfrentados pelas cidades. Regiões como São Paulo e Paraná ganharam destaque por suas boas práticas, enquanto outras ainda lutam para alcançar níveis aceitáveis de infraestrutura básica.
O levantamento abarca diversas métricas essenciais para o bem-estar urbano, apontando cidades que, através de políticas públicas eficazes, conseguiram melhorar significativamente seus índices. Esses municípios, frequentemente localizados em estados mais desenvolvidos, oferecem um retrato inspirador de gestão eficiente e compromisso com o progresso social. Entretanto, o Brasil ainda enfrenta uma considerável lacuna no desenvolvimento de saneamento básico em várias regiões.
Quais são as cidades com melhor infraestrutura de saneamento?
O estudo destacou Maringá, São José do Rio Preto e Campinas como exemplos de excelência em saneamento básico, com Maringá liderando a lista. Essas cidades têm conseguido quase universalizar o acesso à água potável, além de garantir altos índices de coleta e tratamento de esgoto. Segundo os dados, Maringá, que havia ocupado a 14ª posição no ano anterior, agora se sobressai devido a seus esforços contínuos e investimentos consistentes na área.
- Maringá (PR)
- São José do Rio Preto (SP)
- Campinas (SP)
- Limeira (SP)
- Uberlândia (MG)
- Niterói (RJ)
- São Paulo (SP)
- Santos (SP)
- Cascavel (PR)
- Ponta Grossa (PR)
Quais municípios enfrentam os maiores desafios no saneamento básico?
No outro extremo do espectro, cidades como Macapá e Santarém apresentam os índices mais alarmantes de saneamento básico. Nessas localidades, os problemas são graves e persistentes, com menos de 30% da população tendo acesso adequado aos serviços de esgoto. O cenário em Macapá, em especial, é bastante crítico devido ao elevado índice de desperdício de água potável.
- Macapá (AP)
- Santarém (PA)
- Rio Branco (AC)
- Belford Roxo (RJ)
- Duque de Caxias (RJ)
- São Gonçalo (RJ)
- Belém (PA)
- Várzea Grande (MT)
- Juazeiro do Norte (CE)
- Ananindeua (PA)
Como os investimentos impactam o desenvolvimento do saneamento básico?
O papel do investimento público e privado é crucial para a melhoria dos serviços de saneamento. Cidades que lideram o ranking, como Praia Grande e Santo André, fazem investimentos anuais significativamente maiores, o que reflete diretamente nos índices de tratamento e coleta de esgoto. Inversamente, municípios como Várzea Grande e São Gonçalo, que apresentam os menores investimentos, sofrem com infraestruturas inadequadas e carências na prestação de serviços básicos.
Os dados do Plano Nacional de Saneamento Básico sugerem um investimento ideal de R$ 231,09 por habitante anualmente, um valor que muitas cidades ainda precisam atingir para garantir um serviço eficaz e abrangente. A continuidade e o aumento desses investimentos são fundamentais para que todas as cidades possam melhorar suas condições de saneamento, saúde e qualidade de vida para suas populações.