Trump e Xi Jinping prometem fortalecer laços entre EUA e China em telefonema

Donald Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, conversaram por telefone nesta sexta-feira (17) e comprometeram-se a adotar uma abordagem positiva para fortalecer as relações entre os Estados Unidos e a China. A ligação ocorre poucos dias antes de Trump reassumir a presidência norte-americana.

Xi Jinping expressou esperança em um “bom começo” para a relação com Trump, que, por sua vez, destacou a expectativa de “resolver muitos problemas juntos, começando imediatamente”.

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Durante a campanha, Trump criticou duramente a China, ameaçando impor tarifas mais altas sobre produtos chineses, mas sempre demonstrou respeito por Xi Jinping. Entre os temas discutidos no telefonema estiveram o equilíbrio comercial, o tráfico de fentanil, o futuro do TikTok e outros assuntos de interesse bilateral.

Trump afirmou em suas redes sociais: “O presidente Xi e eu faremos tudo o que for possível para tornar o mundo mais pacífico e seguro”.

A conversa ocorre em meio a tensões crescentes. Em 2024, o Congresso americano aprovou uma lei exigindo que a ByteDance, empresa chinesa proprietária do TikTok, venda a plataforma ou a desative até domingo, alegando preocupações com segurança nacional. Trump, que prometeu salvar o aplicativo durante sua campanha, busca alternativas para adiar o banimento.

Além disso, o possível retorno de Trump à Casa Branca preocupa Pequim, especialmente após declarações de Marco Rubio, indicado para Secretário de Estado, classificando a China como “o adversário mais perigoso” dos EUA. Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores chinês pediu que Washington “cesse os ataques injustificados e campanhas de difamação contra a China”.

Apesar dos desafios, Xi reafirmou a disposição de Pequim em manter o diálogo e expandir a cooperação com os EUA, alertando que uma guerra comercial seria prejudicial para ambas as partes. Já Trump sinalizou interesse em reverter algumas das tensões herdadas do governo Biden, que havia afirmado em sua despedida que os EUA permaneceriam como a superpotência dominante no cenário global.