Esportes
Clube corre o risco de fechar as portas após calote de empresário
A data do julgamento ainda não está definida pelo Tribunal. Se condenados, os réus podem pegar penas que variam de 180 a 720 dias de suspensão ou até mesmo serem banidos do futebolO Patrocinense acusa a empresa Air Golden de não cumprir o investimento de R$ 600 mil que manteria os salários em dia e viabilizaria a contratação de reforços para a Série D do Campeonato Brasileiro de 2024. O clube do interior de Minas Gerais terminou a fase de grupos com apenas cinco pontos em 14 rodadas (uma vitória, dois empates e 11 derrotas).
Agora, em 2025, corre o risco de “fechar as portas”, segundo disse o atual presidente, Roberto Avatar, à reportagem de No Ataque.
Conforme Avatar, o Patrocinense lida com 13 processos trabalhistas e busca um parcelamento das dívidas contraídas na época passada anterior para conseguir operar em 2025. Nesta temporada, o time de Patrocínio integrará o Módulo 2 do Campeonato Mineiro foi rebaixado na elite do ano anterior depois de abrir mão da repescagem em meio a problemas econômicos.
A entrada de financiadores era vista como alento pelo Patrocinense, que herdou uma das vagas mineiras na Quarta Divisão a partir da desistência do Democrata de Governador Valadares. Contudo, a meta de alcançar uma boa campanha na competição nacional se transformou em caso de polícia, uma vez que a equipe perdeu confrontos sob suspeita de manipulação de resultados.
Roberto relatou ao No Ataque que o sócio da Air Golden, Anderson Ibrahin Rocha, disse “que não iria pagar, pois não tinha nada com o clube”. A declaração teria sido dada depois da derrota do Patrocinense para a Inter de Limeira (SP), por 3 a 0, em 1º de junho de 2024, pela sexta rodada da primeira fase da Série D.
A partida ficou marcada pela suposta facilitação aos gols da Inter de Limeira em benefício de apostadores esportivos. Três jogadores (Richard Bala, Felipe Gama e Dener), o dirigente Anderson Rocha, um investidor e dois integrantes da comissão técnica (Estevam Soares e Rodolfo Dodô) foram denunciados pela Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
A data do julgamento ainda não está definida pelo Tribunal. Se condenados, os réus podem pegar penas que variam de 180 a 720 dias de suspensão ou até mesmo serem banidos do futebol, além de arcarem com multas de R$ 100 a R$ 100 mil. Por não ter envolvimento com os esquemas de apostas, o Clube Atlético Patrocinense não foi citado no STJD. No dia seguinte ao jogo contra a Inter de Limeira, a diretoria encerrou os contratos com os atletas, comissão técnica e a empresa Air Golden.