BBB 25
BBB 25: participante é citado em golpe milionário, e defesa reage
No Jornal da Tupi, advogada de Marcelo Prata, participante do BBB 25, rebate acusações de envolvimento em golpe de pirâmide financeiraA edição do Jornal da Tupi desta terça-feira (14) trouxe uma entrevista exclusiva com a advogada Larissa Gatto, que defende Marcelo Prata, participante do Big Brother Brasil 25, envolvido em uma polêmica de suposta participação em um esquema de pirâmide financeira. A conversa foi conduzida por Chico Otávio e Sidney Rezende.
Marcelo, que entrou na casa ao lado da mulher, Arleane Marques, é acusado por alguns moradores de Manaus (AM) de ter liderado a captação de investidores para a Unick Academy, uma empresa que prometia retornos financeiros exorbitantes e que foi alvo da Operação Lamanai da Polícia Federal. Apesar das acusações que circulam nas redes sociais, a advogada afirma que seu cliente nunca foi réu em nenhuma ação criminal.
“Marcelo é vítima e não um criminoso”, diz advogada
Durante a entrevista, Larissa destacou que Marcelo Prata era, na verdade, um cliente da Unick Academy e não fazia parte da administração do esquema. Segundo ela, o participante do BBB investiu R$ 15 mil, fruto de uma indenização trabalhista, acreditando nas promessas da empresa. “Ele vivia na periferia de Manaus e, como muitos, confiou na proposta de retornos financeiros. Ele não é réu em nenhum inquérito e também nunca foi indiciado”, afirmou.
A advogada ressaltou que Marcelo e seu irmão gêmeo investiram suas economias acreditando que estavam entrando em um negócio legítimo. O irmão chegou a fazer empréstimos para aplicar no esquema e, assim como muitos investidores, amargou prejuízos. “As pessoas confiavam porque recebiam os rendimentos no início. Na época, ninguém sabia que se tratava de uma pirâmide financeira. Hoje, com mais informações, fica claro o golpe, mas à época, muitos foram enganados.”
Dinheiro apreendido e processos em andamento
A Unick Academy foi investigada entre 2017 e 2019 e provocou um rombo milionário. A Polícia Federal apreendeu mais de 1.550 bitcoins, além de carros de luxo e imóveis, mas o valor ainda não foi devolvido aos investidores. “Hoje, os clientes estão lutando na Justiça para reaver seu dinheiro, e isso é algo que precisa ser resolvido. O dinheiro está apreendido e precisa ser devolvido para as pessoas que foram enganadas”, enfatizou Larissa.
Quando questionada sobre a possível confusão entre Marcelo e seu irmão gêmeo, que aparecia em vídeos da empresa, a advogada afirmou que os depoimentos eram comuns e que a própria empresa os utilizava como estratégia de marketing. “O irmão de Marcelo fazia vídeos falando sobre o mercado financeiro e os cursos da Unick, mas isso não significa que ele tinha poder de mando ou que fazia parte da liderança do esquema.”
Advogada cita danos à imagem de Marcelo
Larissa Gatto também destacou que seu cliente está sofrendo um grande desgaste de imagem por conta das acusações. Ela informou que notificações extrajudiciais já foram enviadas à imprensa, solicitando a remoção de conteúdos que associam Marcelo ao crime. Caso isso não seja feito em até sete dias, ações judiciais serão movidas.
“Existe uma lei que protege o direito de resposta. Estamos pedindo que seja publicada uma nota de esclarecimento. Se isso não acontecer, vamos entrar com um pedido de reparação por danos à imagem”, afirmou a advogada.
Participação no BBB pode ser prejudicada?
Ao ser questionada se a permanência de Marcelo no BBB 25 pode ser afetada pelas acusações, Larissa garantiu que, do ponto de vista criminal, ele não corre riscos. “Marcelo passou por um processo seletivo rigoroso tanto para o programa quanto para o concurso público que ele foi aprovado. Se houvesse qualquer irregularidade, ele não teria sido aceito em nenhum dos dois.”
Para a advogada, a polêmica serve como um alerta para que as pessoas fiquem mais atentas a promessas de dinheiro fácil. “Quando a proposta parecer boa demais para ser verdade, desconfie. É importante que essa discussão sobre pirâmides financeiras continue, para evitar que outras pessoas sejam enganadas no futuro.”
Golpe pode manchar a imagem de Marcelo Prata?
A advogada reconhece que a exposição pode gerar prejuízos à imagem do participante, mas reforça que ele é uma vítima, assim como muitos outros que acreditaram nas promessas da Unick. “O que estão fazendo é colocar uma pressão desproporcional sobre ele, quando existem pessoas diretamente responsáveis pelo golpe que continuam soltas. Vamos buscar reparação judicial por isso.”