Brasil
Meta se posiciona à AGU e governo avalia medidas para redes sociais
Meta encerra checagem de fatos no Facebook e Instagram. AGU debate medidas contra impactos no Brasil nesta terça (14)A Meta, responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, respondeu nesta terça-feira (13) as questões da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre o encerramento do programa de checagem de fatos, que verificava a veracidade de informações circulando nas redes sociais. A AGU convocou uma reunião, nesta terça-feira (14) para discutir as alterações.
Em nota, a AGU informou que somente após a reunião, que contará com representantes de ministérios como Justiça, Direitos Humanos e a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), será definido como o governo brasileiro lidará com as mudanças.
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A decisão da Meta alinha suas políticas à agenda do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que defende a desregulamentação digital. Além de abolir a checagem de fatos, a empresa introduziu a política de “notas da comunidade”, onde apenas usuários cadastrados podem contestar informações nas plataformas.
Desde 2016, a Meta mantinha o programa de checagem de fatos em 115 países, realizado por jornalistas e especialistas. Especialistas alertam que o fim dessa iniciativa pode favorecer a disseminação de fake news e discursos de ódio, afetando principalmente minorias como mulheres e imigrantes.
A Coalizão Direitos na Rede, formada por mais de 50 entidades, criticou a decisão, apontando que a Meta prioriza lucros e interesses estadunidenses em detrimento de segurança e proteção global. O ministro da AGU, Jorge Messias, reforçou a importância de ações que garantam o cumprimento da legislação brasileira diante das mudanças. “Isso impacta a soberania nacional e a economia, dificultando a distinção entre verdade e mentira”, afirmou.