Esportes
Temor por ‘panela’ faz técnicos argentinos perderem vez no Vasco
Saída conturbada de Ramón Díaz pesou em decisão da diretoria para 2025Embora já tenha definido Fábio Carille como seu novo técnico, na última quinta-feira (19), o clube teve a chance de contratar alguns profissionais estrangeiros ,principalmente argentinos. Mas o temor por uma eventual ‘panela’ acabou esfriando a possibilidade do clube de contar com um treinador de língua não-portuguesa. Assim, brasileiros e portugueses estiveram na linha de frente durante todo o tempo, com nomes como Luís Castro, António Oliveira, Pedro Caixinha e Renato Gaúcho entre os pretendidos.
No entendimento da diretoria, o legado de Ramón Díaz não foi positivo para o clube. Afinal, o argentino, que deixou São Januário de forma controvertida, acreditou em muitos jogadores que, mais tarde, acabaram descartados. Entre eles, estavam o zagueiro Rojas e os volantes Medel (que chegou a atuar como defensor) e Galdames. Todos já deixaram o Vasco e ganhavam mensalmente, somados, algo em torno de R$ 2 milhões.
Dessa forma, o Vasco descartou técnicos argentinos que foram oferecidos, entre eles Diego Martinez (ex-Boca Juniors), além de Hernán Crespo, que estava no futebol do Oriente Médio. Apesar da oportunidade de mercado ser teoricamente mais barata, o clube deu preferência a um outro tipo de perfil, confiando em Carille, que assinou o contrato por um ano e se encaixa no orçamento vascaíno para 2025.
“A maior barreira é a língua, então trazer alguém que fala inglês ou italiano acho que não encaixaria. Poucos atletas no Brasil têm um segundo idioma com naturalidade, então temos que respeitar. A presença do treinador ali, falando diretamente com os jogadores, é determinante. De barreira com estrangeiro, seria mais o idioma. Se vai ser brasileiro ou estrangeiro, a gente precisa afunilar essa escolha”, disse Marcelo Sant’Ana, supervisor de futebol do Vasco, ainda em novembro.