Botafogo
Eleição: Confira a entrevista Tupi com o candidato Vinicius Assumpção
Vinicius Assumpção (à esquerda) e Tom Meireles (à direita) – Foto: Thiago Veras/ Super Rádio Tupi
A eleição para presidente do Botafogo válida para o quadriênio 2025 a 2028 será realizada na próxima quinta-feira (19) na sede de General Severiano. O pleito vai acontecer das 9h às 20h. Dois candidatos estão na disputa: Vinícius Assumpção (chapa Orgulho Alvinegro) e João Paulo Magalhães (chapa Os Escolhidos). Vinícius é o atual Vice-Presidente Geral do clube, enquanto João Paulo é ex-presidente do Boavista.
A Super Rádio Tupi junto com o tupi.fm recebeu a presença do candidato Vinícius Assumpção, que inicialmente falou do propósito de ser presidente do clube.
– Basicamente tenho falado na eleição que é dar continuidade ao processo que nós começamos lá em 2021, que é simplesmente de aprofundar o profissionalismo, um clube com mais transparência e governança. Acho que todos já devem ter conhecido a nossa história quando fomos rebaixados para a segunda divisão, com arrecadação despencando, e com toda essa arrecadação a gente conseguiu trazer o clube de volta para a primeira divisão, reorganizar o Botafogo e conseguir achar um grande investidor. John Textor é um grande investidor, não foi só sorte, foi sorte de achar um investidor como ele, mas foi também trabalho, competência de poder reorganizar o clube e ele perceber que ali tinha uma grande oportunidade fomentar seus investimentos, porque ele também é um investidor, a gente não nega isso, mas assim, a dificuldade era muito grande, e a gente conseguiu fazer essa transformação em tão pouco tempo.
– O Durcesio presidindo, eu lá como vice-geral, tive bastante atuação na área do futebol, além de acumular a vice-presidência financeira com uma dívida de um bilhão de reais, com uma arrecadação que era de 120 milhões, e um terço dessa arrecadação, ou seja, 40 milhões era para pagamento só da dívida. Então o Botafogo estava em insolvência. Você pode pegar o documentário que o Botafogo teve eu falo para a torcida acabou, faliu, não tem mais como ser potência. Não estou dizendo que o Botafogo ia encerrar, mas a gente não teria mais capacidade de concorrer como estamos concorrendo agora. Essa é a minha vontade, de ser presidente para dar continuidade nesse processo, de manter a relação com a SAF, de poder ter a proteção da SAF. A SAF já me conhece e conheço todo mundo dentro dela. Digo que a gente, a chapa “Orgulho Alvinegro” comigo na presidência, o Tom (Meirelles), Tom é meu vice-presidente, ele é membro da Mesa do Conselho que tocou todo esse processo de reforma estatutária e nós somos a verdadeira continuidade desse processo de profissionalização. Essa é a nossa vontade de manter o Botafogo no rumo certo.
Confira na íntegra a entrevista
Processo eleitoral
– Todo processo tem suas sequelas, mas eu sempre tenho dito que durante todo esse período tento manter o nível porque todos nós somos botafoguenses. A gente precisa entender o que está em jogo nesse processo eleitoral. Eu era o candidato natural, aí falo que o Montenegro indica o João Paulo e, o Durcesio pela relação que tem com o Montenegro histórica apoia o João Paulo. Diante de toda essa dificuldade que relatei aqui faço a pergunta, onde estava o João Paulo? O João Paulo não era conhecido por ninguém no clube, foi fabricado. Essa fórmula no passado a gente sabe qual foi o resultado de inventar pessoas desconhecidas no clube, os “cardeais” botam e depois o resultado a gente viu que é o acúmulo de dívida, humilhação da torcida e rebaixamentos seguidos. Esse processo como relatei aqui anteriormente, acumulando a vice-presidência financeira quando ninguém quis acumular, com a dívida de um bilhão de reais, enfiando a cara com a torcida, o time chegou a um momento que estava na décima quarta posição da série B. Mesmo assim, a gente se manteve ali convicto, acreditando no trabalho com o Freeland, que era o nosso diretor de futebol da época. O Durcesio estava acumulando a vice-presidência de futebol, e eu ali do lado dele acumulando a vice financeira, porque ele não podia ter as duas contas do cheque. Eu faço a pergunta, onde estava o João Paulo? O João Paulo estava cuidando de outra agremiação esportiva. Ele é um botafoguense? É, mas ele estava cuidando do Boavista nesse processo todo. Aí, do nada, ele vem pro Botafogo. A gente tem uma farta documentação e não é uma documentação tirada de maneira ilícita, nós entramos em cartório, pedimos e pagamos por isso. Tem todos os recibos com documentações oficiais.
– Para o sócio-proprietário entender qual é a nossa maior preocupação desse imbróglio todo que nós pedimos a impugnação do João Paulo. Ele, na verdade, pega o Esporte Clube Barreira, o antigo Barreira é do Boavista, é a SAF Boavista, como se fosse Botafogo e SAF. O Barreira tem porcentagem na SAF Boavista. Aí para ter o controle do Barreira ele faz uma reforma estatutária, cria uma modalidade nova de sócios, emite 100 títulos, esses 100 títulos cada título desse tem direito a 6 votos, peso 6, e ele compra todos os 100 títulos que compõe o Conselho de Desporto do Barreira. Qualquer decisão do Conselho de Desporto do Barreira tem um único proprietário, que é o João Paulo. Quem me garante que ele com a maioria dentro do Conselho de Deliberativo, eu quero falar para o sócio-proprietário, que ele não possa fazer uma reforma estatutária e fazer isso também dentro do Botafogo e ter o controle do clube. O controle que é hoje do sócio-proprietário, ele passa a ter controle único e os 10% da SAF. Essa é a nossa maior preocupação. Aqui não tem nada ilícito, não estou fazendo nenhum tipo de acusação, mas a documentação que chegou pra gente do cartório lá da SAF Boavista, para ele poder concorrer no Botafogo passa o controle da SAF Boavista para o Luiz Felipe, que criou uma empresa chamada Confidence. Só que no documento dessa empresa tem algo errado. Ela tem data na venda do dia 27 de setembro de 2024, mas o CNPJ que está nesse documento de compra e venda só saiu no dia 30, três dias depois. Como isso? Mãe Diná? Como é que eles descobriram o CNPJ? Essas são movimentações que nos preocupam muito. A gente num processo eleitoral desse tem que ser responsável. Eu não tenho nada contra a figura do João Paulo, e o direito dele ser candidato. Agora, eu como vice-presidente geral, candidato a presidente e disputando uma eleição contra ele, tenho que dizer para o associado que fiz a minha parte. Se a Junta Eleitoral homologou eles, a responsabilidade é da Junta Eleitoral. A minha parte como candidato está feita.
Rompimento com Durcesio Melo
– Eu poderia ter sido candidato do Durcesio. Lá atrás disseram que eu tinha muita rejeição e, portanto, nem com o Durcesio apoiando ganharia. Não foi rompimento, como botafoguense tenho uma admiração por ele, falo bem com ele, respeito, foi um p… presidente, fizemos uma revolução, não tem um botafoguense que não goste dele. Eu não serei o único, então, eu também tenho um carinho muito grande por ele, sempre me respeitou, mas ele atendeu um pedido do Montenegro e aí disseram que eu estava indo para um cargo político e que eu não decidi. Eu tinha falado com ele em 2023 e chegou a fazer uma conversa comigo dizendo, claramente, que não iria apoiar o João Paulo, ou me apoiaria ou ficaria neutro por causa da relação que ele tem com o Montenegro. Depois ele apareceu com uma mensagem para mim num dia, e no outro apareceu com uma foto com o João Paulo. Não tem rompimento, eu vou com ele até o final da gestão no dia 31 de dezembro com muito orgulho de ter sido vice-presidente dele e dessa gestão que fez um processo de transformação profunda no Botafogo. A gente está com o ombro doendo de tanto levantar a taça. Falo que esse time, na minha avaliação, é o pior time dos próximos dez anos do Botafogo (risos). É claro que é brincadeira com esse elenco genial. Nós vamos levantar muita taça pela frente. Quero deixar claro para os associados que aqui tem um cara que conhece o Botafogo, que está desde 85 como sócio-proprietário, que frequenta as sedes, que todo mundo me conhece. Eu não fui inventado de uma hora para a outra dentro do clube. Tenho as minhas virtudes e os meus defeitos como qualquer ser humano. Demonstrei capacidade gerencial, capacidade de estar junto, de aglutinar as pessoas, que é uma grande característica minha. Ganhando a eleição não tenho menor dúvida que do lado de lá tem muita gente que pode nos ajudar aqui, todos sendo chamados a contribuir pelo Botafogo. Minha campanha cresceu de uma tal maneira que nós estamos provando que estavam equivocados sobre a tal rejeição, né? Fizemos uma campanha limpa, de maneira propositiva, sem atacar ninguém pessoalmente e dizendo claramente para associado o que queremos do Botafogo para o futuro.
Relação da presidência com a SAF
– O relacionamento tem que ser o mais maduro, o mais profissional possível. Todos nós somos botafoguenses por causa do Futebol. O que foi feito no Botafogo até agora foi uma revolução. Em dois anos e meio nós saímos de uma segunda divisão para o título das Américas. Então, nós temos que ser profissionais nesse momento e proteger a SAF. A gente quer tratar a valorização do sócio-proprietário com a SAF.
– A dívida está conosco, com associativo, e quem paga a dívida é a SAF, que tem aquela coisa da utilização da marca, dos royalties. Os royalties não entram, entra o que? Entra o pagamento da dívida. Essa dívida foi parcelada e renegociada com os credores, e tudo isso apoiado pela gente. Eu acho que é dessa maneira que a gente quer se comportar com eles, de forma profissional, transparente, buscando os interesses mútuos. O Botafogo não vive sem a SAF, e a SAF não vive sem o Botafogo. O escudo, a bandeira, quando a gente vai ter um jogo de basquete, você vai lá ver a bandeira, o hino, a torcida é a mesma que está hoje dentro do estádio vibrando. Eu tenho conversado com muitos deles. Sou grato a todos eles, não só o John Textor, mas queria aproveitar e falar uma série de pessoas importantes que estão ali, o Thairo, o Jonas, o Anderson nas finanças, a galera do futebol, o Alessandro Brito, todo o staff deles. Falar do Júlio, diretor de Comunicação, Gabriel, Bernardo e Pedro Souto. Posso estar esquecendo nomes aqui, o Eucimar no estádio, hoje tem lá o Alexandre Costa tocando o projeto. Essa galera mais da Comunicação e do Marketing, foi uma galera que estava com a gente, tem lá o Morani, o Marcão. Então é bem gratificante ver como tinha qualidade no nosso quadro de funcionários e muita gente dizia que não. É um processo que houve a implementação de uma profissionalização e nós temos afirmado em alto e bom som de que nós vamos proteger a SAF da velha política do Botafogo, porque o único interesse é fortalecer o futebol e os esportes olímpicos, com uma condição digna ao sócio-proprietário, que ele possa ter a sua valorização e isso vai ser feito através de um diálogo maduro e profissional.
Participação do presidente no futebol
– Apoiar. Quando decidimos fazer a SAF foi para separar que o Botafogo possa ser gerido totalmente profissionalmente, que buscasse um investidor, que tivesse uma equipe de profissionais competentes, e isso está sendo feito na SAF. Para que mudar isso? O que cabe a gente nesse processo é garantir os direitos do clube dentro do contrato com o acordo de acionista, aí tem uma série de direitos que estão sendo garantidos, outros que precisam ser aperfeiçoados. Toda vez que você assina um contrato, eu acho que é uma coisa viva. O dia a dia vai se modificando, se adequando e procurando amadurecer. Se a gente tiver um relacionamento com a SAF cada vez mais maduro só tem a ganhar os dois lados. O que cabe a gente não é se meter no futebol. Tem que tomar cuidado com o que a gente fala. Eu mesmo tenho uma rede social forte, aí quando lá no Twitter falo alguma coisa, às vezes tem uma repercussão. Tem que ter responsabilidade, mas o apoio institucional, sim, apoiando e lembrando que temos 10%. Mas o 10% é que seja alguma coisa mais de controle, de vigília do que qualquer outra coisa dos interesses do Botafogo. Está caminhando. Vamos dar continuidade no rumo.
Atuação da SAF/dívida do Botafogo
– A dívida do Botafogo estava dividida entre trabalhista, civil e tributária. O primeiro a ser atacado foi a trabalhista. Nós conseguimos nessas três dívidas fazer um processo de renegociação. Eu posso dizer que pelo menos 30% dessa dívida tenha sido abatida nesse processo de negociação e isso só se faz com muito profissionalismo e competência. A SAF trabalhou muito bem nisso. A dívida era de um bilhão. Eu não tenho o número exato agora, sendo muito justo, mas acho que a dívida não deve ultrapassar um total de quinhentos milhões, tendo uma redução em torno da metade do que era. Acredito que em mais alguns anos o Botafogo possa ter um clube praticamente sem dívida. Hoje, eu posso afirmar que a dívida não sufoca mais porque está toda alongada. Diga-se de passagem, esse Conselho Deliberativo foi importante, que o Tom, meu vice, que é da Mesa, e foi muito importante não só pela aprovação da SAF, mas de todo debate que foi feito para alongar essa dívida, porque o acordo de acionista falava em prazo para pagá-la, esse prazo foi um pouco alongado porque a gente sabia que o negócio estava sendo feito, mas que precisaria alongar, já que o acordo firmado lá atrás era num cenário. A leitura que o Conselho fez é que tinha um outro cenário e que a gente precisava ter autorização para alongar essa dívida. Isso foi trabalhado sempre em parceria. O que a gente busca agora é melhorar essa parceria, com mais transparência, com mais diálogo, porque é uma relação nova de dois anos e meio. O Durcesio é o nosso representante lá.
General Severiano
– É a sede onde o associado mais frequenta, tem uma piscina, a gente tem um clube ainda. Melhorou muito, se você entrasse lá quando assumimos o clube estava numa situação de degradação muito grande, a gente não tinha sequer o maquinário da piscina filtrando direito a água, a gente não tinha condições de fazer o pagamento da energia elétrica, então escolheria qual sede ia pagar. O que a gente fazia, está atrasado dois meses aqui, pagar um para não vencer o terceiro e cortar, a outra lá tem um mês, deixa seguir mais um mês, era um caos que fomos aos poucos organizando. Quero deixar bem claro que não tô aqui acusando ninguém pessoalmente, mas assim, quando eu falo em caos, falo em processo de gestão. Acho que o processo de gestão no Botafogo que foi feito antes dessa foi um processo que levou a esse tipo de coisa. A gente precisava modificar. E por que essa gestão conseguiu isso? Conseguiu porque mudou o modelo. Até hoje o clube social tem lá um diretor executivo, um diretor de marketing, uma equipe de profissional. Precisamos melhorar? Precisamos melhorar muito, principalmente os sócios-proprietários.
– Se você pegar a sede hoje, vamos dar um exemplo aqui para a sócia, porque geralmente quem leva a família dentro do clube é a sócia, ou ela é dependente ou ela é titular. É ela que leva o filho e o marido acaba indo junto, eu quero ir pra piscina, estamos indo pra piscina. O que a sócia tem, além da piscina, nada. Nós temos um CT que está subutilizado porque ainda falta recurso, mas queremos fazer ali uma parceria com um Salão de Beleza, nós queremos botar um salão de jogos, ter um salão de festas, ter uma academia em parceria para que a sócia possa fazer a unha, o cabelo e não precisar sair do clube. Ela vai ao clube, pega a piscina dela, faz o que ela tem que fazer, volta para o clube, o marido toma conta das crianças e assim vai por diante. A gente precisa fazer um processo mais estrutural para aproveitar melhor aquela área socialmente. Em cima do telhado tem um projeto de fazer lá um bar na parte de cima. Quando você sobe naquele telhado ali do CT vai ver o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor. O que nós queremos para aquele campo? Acho que eu como presidente vou querer decidir aquilo sozinho, não. Por que a gente não vai escutar um pouco também o associado? O que ele espera de expectativa daquela região, daquela área que talvez quase a metade da área social do clube. A gente pode fazer ali um campo total de grama sintética? Podemos, mas podemos ter society, quadra de tênis, novas churrasqueiras, utilizar aquela área de maneira que a gente possa melhorar a área social do clube.
– O restaurante, está no meio do clube, mas aonde a gente poderia colocar? Mexer naquilo tem uma obra. Nós ainda não avaliamos esse total. A área social precisa ter um vice-presidente, mas também ter um corpo embaixo. A galera que gosta de jogar futebol, pega um representante e bota dentro. Piscina… A sauna, que precisa ser melhorada e modernizada. A gente tem uma sauna mista, será que não é melhor ter uma divisão e uma sauna masculina e feminina para que as mulheres fiquem mais à vontade? Hoje, o associado às vezes fica até tolido, porque a gente tem pouco espaço, o esporte olímpico, principalmente o basquete, que é internalizado, que é o único esporte hoje tirando o remo, que é estatutário, está internalizado. O restante está tudo em parceria, mas mesmo em parceria acaba tendo ocupação de espaços e prejudicando um pouco o sócio-proprietário, que é quem paga uma das receitas importantes do clube.
Museu Botafogo
O museu está numa primeira fase. Tinha uma previsão de inauguração agora em dezembro, mas houve alguns atrasos em repasses e está com o calendário atrasado adequando a novas conquistas, etc e tal. Estou muito otimista e sou defensor de ter o museu ali. A gente precisa criar dentro do clube os espaços que o museu está ocupando, que é o salão de festa, que ali tinha uma arrecadação grande no aluguel, inclusive estava terceirizado por uma empresa, mas era uma arrecadação importante que nós perdemos, mas a gente tem certeza que o museu vai trazer gente, vai trazer movimento para a sede, novos sócios e turistas também. A SAF vai acabar ganhando porque a loja é colada, ali vai ter um movimento muito forte. A Prefeitura já entendendo qual é a lógica fez aquela reforma toda da frente da praça. O prefeito Eduardo Paes deu um trato, um carinho importante onde está o nosso manequinho.
Patrimônios
– O principal desafio da próxima gestão, eu tenho falado esse tempo todo, é o Mourisco Mar. Não é à toa que meu vice foi 11 anos diretor de natação. A gente deixou praticamente que fosse um grande crime. Nós (falo o Botafogo) cometemos equívocos quando perdemos a sede superavitária. Porque o volume de escolinha, de natação, o Tom conhece muito bem isso, sabe a forma como era gerido aquilo ali, dava muita arrecadação para o clube. Ali nós temos um problema estrutural grave. A gente não conseguiu recursos porque parte do deck nós tivemos que demolir para tirar o peso de cima da estrutura. Aquela obra está orçada entre 15 e 20 milhões de reais. Nós precisamos achar um parceiro para aquilo. Para achar um parceiro é que eu te falo do diálogo maduro com a SAF. Nós precisamos ter a CND. Sem a CND eu não consigo ter os investimentos e parceiros necessários para fazer os grandes investimentos no clube. Isso depende do pagamento da dívida.
– Estamos muito próximos de obter a CND e isso pode dar um upgrade muito forte dentro da gestão do próximo ano. Eu mesmo estive com o presidente dos Correios, com o Fabiano lá em Brasília. Levei o projeto do Mourisco Mar, já que os Correios é um tradicional patrocinador dos esportes aquáticos. Ele pegou, adorou o projeto, um projeto grande de parceria ainda mais naquela área ali da enseada de Botafogo que é um Cartão Postal, mas a gente precisa ter a CND, sem ela não vai. Não tem prazo, mas estamos dialogando com a SAF para que seja o mais rápido possível, para que o próximo presidente possa nos primeiros meses da sua gestão já em 2025 ter a busca incessante por novos patrocínios.
– A gente tem ainda o Remo. O visual do Remo é aquela coisa no espelho da água, da lagoa. Rodrigo de Feita com Cristo Redentor. Ali tem um salão de festas que a gente precisa buscar um investidor. Ali em cima tem um projeto de botar um deck, fazer um café para as pessoas que passam na rua e possam sentar no local e apreciar aquela vista maravilhosa. O trabalho é tornar o remo superavitário, que hoje não é. O remo tem um trabalho magnífico do vice-presidente, o Cacá, e toda equipe do remo. A gente precisa potencializar aquilo ali para que a gente possa ter mais investimentos e mais parceiros para que a gente possa realmente engolir todos. Nós fomos campeões de remo ano passado.
– Tem a casa Dona Terezinha que a gente precisa transformar aquilo numa sede mais atrativa, ali você vai atrair novos sócios daquela região. Aquela casa é uma área sensacional, tem a casa, tem a piscina, tem tudo ali, aí é só fazer campo futebol, fazer churrasqueira, melhorar aquela área ali você pode alugar, inclusive para a região para você ter novas arrecadações. Aquela casa ali ela não dá prejuízo porque ela é usada para filmagens e como a despesa é pouca acaba ficando um zero a zero ou até sendo dando um pouco de recursos para o clube. O que falta para expandir isso? Recurso, investimentos. Para fazer isso você precisa gastar uns milhãozinho ali, dois milhões talvez, não tenho um aqui o valor exato, porém tenho um projetinho, uma ideia de como vamos fazer isso. Sem a CND podemos melhorar algumas coisas, alguns gargalos, mas vamos precisar ter a CND para avançar na busca por novos parceiros. Tem que ser com muito estudo, olhar que a viabilidade daquela gestão porque a gente vai de orelhada e aí faz uma obra e depois não consegue ter associado será que a necessidade daquela região. O tratamento geral que a gente tem que ter nas sedes é um olhar de tentar tornar todas as sedes superavitárias.
Esportes Olímpicos
– Já falei aqui do Remo, que é um esporte estatutário. É um esporte vencedor e podemos potencializar.
– No Basquete a gente tem um trabalho na divisão de base muito bem feito. Podemos melhorar? Podemos melhorar. As escolinhas precisam ser internalizadas, e não é só do basquete, são de todas, porque elas são fontes de arrecadação. Elas têm três vertentes: Arrecadação, trabalho social e captação de atletas. Você tem que ter esse olhar para a escolinha. Se você tiver esse olhar, você consegue fazer as três coisas. Você consegue captar, você consegue fazer o trabalho social, quer ver a criança, a criança está fazendo esporte, está ali, você movimenta o clube, e você tem a captação de atletas. Então, escolinha, vôlei. No basquete ainda, a parte do time principal, no NBB, é que eu te falo, investimento. Ali precisa, o clube está arcando com algumas coisas, acaba onerando a folha do clube em algumas coisas, mas foi um caminho que nós resolvemos seguir, trazer o botafogo de volta para a NBB, basquete que é um esporte tradicional nosso. A gente tem conseguido isso, mas ainda não é o time, o volume de investimentos que queremos dar ao basquete.
– Queremos retornar com o vôlei. O vôlei é um esporte tradicional, não é à toa que a Ana Richa está nos apoiando, porque a gente está com essa proposta do vôlei de retornar, primeiramente com as escolinhas, com a divisão de base masculino e feminino. Isso é feito no basquete e puxar para o vôlei. A captação de atletas já estamos conseguindo revelar jogadores que estão inclusive no time principal jogando no NBB, que saíram desse trabalho de base do Botafogo. Você vai reparar que o trabalho de base nosso a gente tem conseguido ganhar bastante campeonatos aí na base, estamos disputando, estamos bem. O vôlei a gente precisa começar do zero.
– A natação tem a ver com a recuperação do Mourisco Mar, mas acho que se a gente conseguir um parceiro antes da recuperação do Mourisco Mar, podemos fazer uma parceria com um clube próximo e trazer de volta nossa natação, principalmente a natação de alto rendimento e o polo aquático, que também é um esporte tradicional e sempre foi muito forte pra gente. Temos atletas olímpicos dentro do polo aquático.
– Tem o futebol do Salão, o futsal, que eu quero claramente dizer que eu quero internalizar o futsal, o futsal é uma fonte não só de receita, mas acho que é um esporte de bastante visibilidade, e essa parceria com a SAF, ela precisa ser melhor tratada, eu sou favorável essa parceria com a SAF. Inclusive, eu fui o primeiro cara Léo, que é o gerente da base que veio lá do Atlético Paranaense. Pô, vamos fazer uma parceria no nosso futsal. Nosso futsal hoje está terceirizado. É um projeto que tem envolvimento com a prefeitura. Objetivo é internalizar o futebol do Salão tornando as escolinhas superavitárias pra dentro do clube fomentando a captação de novos atletas e depois numa crescente pra chegar quem sabe numa Liga Nacional com um grande parceiro. Pra isso precisamos melhorar esse processo que já existe de parceria com a SAF.
– Resumidamente nos esportes olímpicos, todos os nossos esportes terão que ser bem trabalhados com estudos de projetos de viabilidade, senão a gente internaliza e quando falam de internalização é a gente botar professor e tem uma série de outras despesas que o clube passa a ter, que não tem quando você terceiriza, mas só que quando você terceiriza você perde um pouco do controle, da qualidade, se você está ali com alguém em cima, a gestão cobrando e tendo metas, tendo viabilidade, é o ideal, mas para isso a gente não pode comprometer, esse é um compromisso da gestão.
NOTA: Para manter o processo eleitoral isento e imparcial, a reportagem da Super Rádio Tupi convidou os dois candidatos para entrevistá-los no mesmo formato. João Paulo Magalhães optou por não participar. Apenas Vinícius Assumpção concedeu entrevista e teve material divulgado na rádio e no site.