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População pede prisão do presidente da Coreia do Sul, após lei marcial

População que antes entoava que a lei marcial fosse embora, pede agora para que Yoon Sukyeol seja impeachmado e até mesmo preso. Segundo a mídia local, até o momento, não há movimentação na residência oficial de Yoon Sukyeol

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Imagens mostram a população em confronto com militares e pessoas de todas as idades fora de casa, em protesto à lei marcial. Foto: JUNG YEON-JE / AFP

Às 3h desta quarta-feira (4/12), de acordo com o horário da Coreia do Sul, legisladores sul-coreanos permaneciam dentro da Assembleia Nacional e afirmam que só vão sair quando o presidente suspender a lei marcial. Segundo a mídia local, não há movimentação na Casa Azul, residência oficial de Yoon Sukyeol, no momento. 

As ruas, ao contrário, estão tomadas pelo povo, principalmente em frente à Assembleia Nacional, como forma de protesto. Munidos de bandeiras, a população que antes entoava que a lei marcial fosse embora, pede agora para que Yoon Sukyeol seja impeachmado e até mesmo preso. 

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Imagens mostram a população em confronto com militares e pessoas de todas as idades fora de casa. De acordo com relatos, mesmo durante a madrugada, milhares de cidadãos sul-coreanos enchem cada vez mais espaços públicos do país. 

O Partido Progressista da Coreia do Sul anunciou, após sair da Assembleia, que “Yoon Sukyeol não é mais presidente do nosso país”.  

O diretor do Centro Militar de Direitos Humanos, esclareceu, no X, às 14h56 (2h56, horário da Coreia), que “algumas unidades da Marinha e da Força Aérea receberam ordens de suspender chamadas de emergência” e que “executivos estão voltando para casa”, mas que “o Exército não suspendeu as chamadas”. 

“O Exército deve suspender imediatamente a chamada de emergência e voltar para casa”, diz a nota. “O Presidente Yoon Sukyeol, um traidor, não deve mais seguir as ordens do Ministro da Defesa Nacional, Kim Yonghyun. O exército que luta contra o povo não é o Exército da República da Coreia. As Forças Armadas da ROK não são soldados particulares de Yoon Sukyeol. É o exército popular. Por favor, retorne à sua missão original de proteger o país.” 

À população, ele reiterou: “Caros cidadãos de Seul, a situação ainda não acabou. Devemos proteger a Assembleia Nacional”. Ele pediu, portanto, para que o povo “monitore e relate quaisquer movimentos de tropas militares dentro da cidade”. 

A agência de notícias sul-coreana Yonhap News afirma que tropas militares acionadas pela lei marcial estão, no momento, retirando veículos do estacionamento da Assembleia Nacional. A mídia também noticiou que o Partido Democrata disse que as mesmas tropas tentaram prender o líder da oposição, Lee Jaemyung.

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