Operação no Complexo da Penha deixa seis feridos e 10 presos - Super Rádio Tupi
Conecte-se conosco

Rio

Operação no Complexo da Penha deixa seis feridos e 10 presos

Pelo menos quatro pessoas foram baleadas na ação no Complexo da Penha. Ação impactou BRT, ônibus, unidades de saúde e escolas

Publicado

em

Policial ferido em operação no Complexo da Penha. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Pelo menos seis pessoas foram baleadas durante operação para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão, no Complexo da Penha, na região da Zona Norte, na manhã desta terça (3). Mais de 200 agentes da Polícia Civil participam da ação, além de equipes do Ministério Público e das polícias dos estados do Pará e Ceará. As investigações apontam que existe uma grande migração de lideranças criminosas desses estados para o Rio de Janeiro.

A operação interditou seis estações do BRT, fechou unidades de saúde e 16 escolas. Entre os baleados estão um policial militar, ainda não identificado, que foi encaminhado para o Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio, e um policial civil da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Davyson Aquino da Silva.

As outras vítimas são Aghata Alves de Souza, Manoel Rodrigues de Souza, Thamires Ribeiro e Felipe Barcelos. Elas foram encaminhadas para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha.

Há informações de pelo menos 10 presos. Também houve apreensão de drogas (que estão sendo contabilizadas), carga roubada, peças de fuzis desmontados, carregadores, roupas táticas, celulares e anotações do tráfico. Quinze veículos roubados foram recuperados.


Os principais alvos são Edgar Alves Andrade, o Doca, chefe do Comando Vermelho, e Juan Malta Ramos, envolvido na morte dos três médicos assassinados na Barra da Tijuca. Até o momento foram efetuadas duas prisões. Os presos foram encaminhados para a Cidade da Polícia.

Investigações apontam que os criminosos financiavam familiares de traficantes que cumprem pena no sistema penitenciário, entre outros crimes, como roubos de veículos e de cargas.
Eles também utilizavam os valores para expandir as ações do crime organizado em outras comunidades, através da compra e venda de armas e drogas.

Local de refino de droga

Ainda durante a operação, a Polícia Civil encontrou uma central de crimes financeiros e uma casa usada para refino de drogas dentro da Vila Cruzeiro. Nos locais foram aprendidas drogas que ainda serão contabilizadas, munições, diversos notebooks, máquinas de cartão e anotações com contabilidades dos traficantes.

Nesse momento agentes permanecem na região e tentam encontrar outros locais do crime organizado.

Operação Torniquete

A ação de hoje, que faz parte da Operação Torniquete, ação conjunta entre as forças de segurança do Rio, também visa apoiar as Polícias Civis do Pará e do Ceará, cujas investigações revelaram a forte migração de lideranças criminosas daqueles Estados para o Rio de Janeiro, sendo que a maioria delas está escondida no Complexo da Penha, que se tornou uma base operacional do Comando Vermelho.

Impacto em ônibus e BRT

Segundo o Rio Ônibus, por conta da operação policial na região do Complexo da Penha, sete linhas estão com desvio de itinerário.

São elas:

  • 313 (Penha (Grotão) x Praça Tiradentes)
  • 621 (Penha x Saens Peña)
  • 622 (Penha x Saens Peña)
  • 623 (Penha x Saens Peña)
  • 625 (Olaria x Saens Peña)
  • 679 (Grotão x Méier)
  • 721 (Vila Cruzeiro x Cascadura)

Seis estações do BRT também foram fechadas por conta da operação. Penha 2, Pastor José Santos, Guaporé, Praça do Carmo, Pedro Taques e Vila Kosmos.

As estações do BRT foram reabertas por volta de 8:15, de acordo com a Mobi Rio.

Escolas e unidades de saúde fechadas

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que 16 unidades escolares foram impactadas pelas operações policiais no Complexo da Penha.

Já a Secretaria Municipal de Saúde informou por volta das 7h30 que a Clínica da Família Ana Maria Conceição dos Santos Correia, em Vila Kosmos, suspendeu o início do funcionamento na manhã desta terça-feira e avalia a possibilidade da abertura.

A Clínica da Família Zilda Arns, no Complexo do Alemão, mantém o atendimento à população. Apenas as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, estão suspensas.

Já a Clínica da Família Aloysio Augusto Novis, na Penha Circular, acionou o protocolo de acesso mais seguro e, para segurança de profissionais e usuários, interrompeu o funcionamento.

Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *