Mundo Corporativo
Strip malls avançam para áreas do interior
Vindos dos Estados Unidos, os strip malls têm ganhado cada vez mais espaço no Brasil, inclusive no interior das grandes cidades. Números são comprovados pelo censo dos strip malls.
Os strip malls, empreendimentos de lojas situados em ruas, com foco em serviços, alimentação e conveniência, surgiram nos Estados Unidos. No Brasil, de acordo com o Censo dos Strip Malls, divulgado pela ABMalls, em média, cada empreendimento do tipo no país tem 14 lojas, duas âncoras, com 2 mil metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL).
A região Sudeste concentra a maior parte dos strip malls, segundo o censo da ABMalls, com 74% deles. Há, no entanto, uma forte tendência de migração para as áreas de interior, tanto por custos altos de terrenos quanto por um movimento natural do varejo.
“A maioria está em bairros de grandes cidades, mas há um movimento de interiorização dos strip malls, puxado por grandes redes”, diz Marcos Saad, sócio-fundador da MEC Malls e presidente do conselho da ABMalls.
A MEC Malls, inclusive, já desenvolveu cerca de 25 projetos de strip malls nos últimos 30 anos no Estado de São Paulo. Atualmente, trabalha em seis projetos, com negociação de áreas, especialmente no interior paulista.
Com custos reduzidos de operação e fácil acesso ao consumidor, os strip malls têm atraído investidores menores e de diversos setores diante de seu potencial de multiplicação.
Quando a Associação Brasileira de Strip Malls (ABMalls) foi criada, há cinco anos, contava com um número tímido de associados. Atualmente, no entanto, conta com 40 empresas associadas e 608 empreendimentos espalhados por 17 Estados brasileiros.
O desafio dos investidores de strip malls, segundo Saad, é encontrar pontos bem posicionados, geralmente esquinas, com alto fluxo de pessoas. Nas cidades grandes, o custo alto dos terrenos também pode inviabilizar o projeto, porém, em alguns casos, quando existe a vocação, a solução tem sido o desenvolvimento de projetos multiuso, mesclando o varejo com edifícios residenciais e, em alguns casos, comerciais e até hotel.
“Com o crescimento de strip malls no interior, esse modelo de varejo cresce de forma sólida e estruturada no Brasil, atendendo aos consumidores mais exigentes e que buscam conveniência, conforto, segurança e agilidade”, completa Saad.