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Economia

Criação de vagas desacelera: Brasil abre 132,7 mil empregos com salário médio de R$ 2.153 e setores em queda

Esses dados foram divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e refletem um desempenho mais fraco em comparação ao mês anterior

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Criação de vagas desacelera: Brasil abre 132,7 mil empregos com salário médio de R$ 2.153 e setores em queda
Salário Mínimo (Créditos: depositphotos.com / rodrigobellizzi)

Em outubro de 2024, o mercado de trabalho formal no Brasil enfrentou um cenário de desaceleração, com a criação de 132.714 novas vagas com carteira assinada. Esses dados foram divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e refletem um desempenho mais fraco em comparação ao mês anterior, quando foram geradas 251.560 vagas, segundo números revisados.

O resultado de outubro decorreu de 2.222.962 admissões e 2.090.248 desligamentos, representando o pior saldo para este mês desde o início da série histórica do Novo Caged, implementada em 2020. No mesmo período de 2023, houve uma geração de 187.070 vagas formais, de acordo com a série ajustada. Esses números ficaram abaixo das expectativas do mercado financeiro, que previa uma criação líquida de cerca de 200 mil vagas.

Qual foi o desempenho dos setores no mercado de trabalho?

Os setores de serviços e comércio lideraram a geração de empregos formais em outubro. O setor de serviços foi responsável pela criação de 71.217 novos postos de trabalho, enquanto o comércio contribuiu com 44.297 vagas. A indústria, por sua vez, adicionou 23.729 vagas ao mercado.

Entretanto, nem todos os setores tiveram resultados positivos. A construção civil apresentou um saldo negativo de 767 vagas, enquanto a agropecuária perdeu 5.757 postos de trabalho. Essas variações destacam as diferenças regionais e econômicas que afetam o mercado de trabalho.

Como os estados brasileiros performaram no Caged?

Em outubro, 24 das 27 unidades federativas apresentaram resultados positivos nas contratações formais. São Paulo liderou o ranking com um saldo positivo de 47.255 vagas. Em contrapartida, a Bahia registrou o pior desempenho, com o fechamento de 579 postos de trabalho.

Esse panorama reflete não apenas as dinâmicas econômicas locais, mas também as políticas regionais e setoriais que influenciam diretamente a criação de empregos. Embora a maioria dos estados tenha registrado avanços, as disparidades regionais ainda são um desafio significativo.

Qual é o panorama para os salários no mercado formal?

No que diz respeito à remuneração, o salário médio de admissão dos trabalhadores formalmente contratados em outubro foi de R$ 2.153,18. Houve uma discreta redução de R$ 18,96 em comparação ao mês anterior, representando uma queda de 0,87%. Esses números são reflexo do atual cenário econômico e das pressões inflacionárias que podem afetar a capacidade das empresas de oferecer salários mais elevados.

Esse panorama salarial indica a necessidade de políticas que promovam não apenas a criação de empregos, mas também a melhoria das condições salariais e de trabalho. A redução do salário médio real pode impactar o poder de compra dos trabalhadores, reflexo de ajustes econômicos e do contexto global.

Créditos: depositphotos.com / emissu
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