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Professores são indiciados por racismo após imitar macaco em roda de samba

Casal foi flagrado imitando macacos em uma roda de samba na Praça Tiradentes, no Centro do Rio, em julho deste ano

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Homem e mulher, brancos, imitam macaco em roda de samba no Rio. Foto: Reprodução / Redes sociais

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) indiciou o carioca Thiago Martins Maranhão e a argentina Carolina de Palma, ambos professores, pelo crime de racismo. Os dois foram flagrados em um vídeo imitando macacos durante uma roda de samba no Centro do Rio em julho deste ano. O caso aconteceu em julho.

O relatório da Polícia Civil classifica os atos como graves e que, mesmo considerados “brincadeiras”, esses comportamentos podem perpetuar traumas e desigualdades sociais, ferindo a dignidade de pessoas.

A delegada Rita de Cássia, responsável pelo indiciamento dos professores, fez um alerta sobre comportamentos encarados como brincadeiras, mas que na verdade perpetuam o racismo na sociedade.

“A dança imitando macaco remete a todo um racismo que é histórico, uma comparação feita entre animais e pessoas negras, no sentido de desumanizá-las. Isso não é permitido nem em tom de brincadeira, pois o racismo recreativo é punido por lei. A liberdade de expressão encontra limite no respeito à dignidade da pessoa humana”, destacou a delegada.

O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que agora analisará o caso. A pena para o crime de racismo, de acordo com a legislação brasileira, varia de 3 a 5 anos de prisão.

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