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Auxílio Emergencial

Desafios Legais e sociais: Auxílio emergencial para pescadores após derramamento de óleo no Nordeste

Este evento ambiental não apenas afetou o ecossistema marinho, mas também causou prejuízos econômicos e sociais nos municípios atingidos.

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Desafios Legais e sociais: Auxílio emergencial para pescadores após derramamento de óleo no Nordeste
(Foto: Agência Brasil)

O derramamento de óleo ocorrido no litoral do nordeste brasileiro em 2019 trouxe consequências significativas para as comunidades locais, especialmente para pescadores e marisqueiros que dependem das águas para sua subsistência. Este evento ambiental não apenas afetou o ecossistema marinho, mas também causou prejuízos econômicos e sociais nos municípios atingidos.

A crise ambiental resultou na criação da Medida Provisória n. 908/2019, visando oferecer auxílio emergencial a pescadores profissionais afetados pelos prejuízos causados. Todavia, para ter direito a essa assistência, era necessário o cumprimento de certos critérios, como a inscrição ativa no Sistema do Registro Geral da Atividade Pesqueira (SisRGP) e residência em cidades listadas pelo Ibama como impactadas pelo desastre.

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Quais foram os desafios legais enfrentados por pescadores impactados?

Os pescadores e marisqueiros que buscaram auxílio enfrentaram diversos obstáculos legais. O caso recente julgado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) exemplifica essa situação. Um pescador da Bahia teve seu pedido de auxílio emergencial e indenização negado, pois não conseguiu comprovar a relação entre a omissão estatal e os danos sofridos. De acordo com o relator, novos critérios eram necessários, como a demonstração do impacto direto da poluição em sua atividade econômica específica.

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Critérios para a concessão do auxílio emergencial

No contexto do derramamento de óleo, a concessão do auxílio emergencial foi regida por regras específicas estabelecidas pela Medida Provisória n. 908/2019. Os principais critérios incluíam:

  • Inscrição ativa no SisRGP.
  • Atuação em áreas marinhas ou estuarinas afetadas.
  • Residência nos municípios identificados como afetados pelo Ibama.

A dificuldade em atender a tais critérios levou muitos trabalhadores a não conseguirem obter o auxílio necessário, ressaltando a complexidade do processo de comprovação individual dos danos sofridos.

Os desafios de provar danos morais e materiais

Além dos desafios econômicos, os afetados enfrentaram entraves legais para conseguir indenizações por danos morais, materiais e existenciais. No entendimento do TRF1, para haver reparação por danos morais, é imprescindível demonstrar a ligação entre o dano ambiental e uma conduta ilícita atribuível ao Estado. Apesar de a jurisprudência permitir que danos morais coletivos não exijam prova individual de sofrimento, nestes casos específicos, a comprovação era fundamental para se obter êxito nas reivindicações.

  • Necessidade de comprovação de vínculo econômico com municípios afetados.
  • Exigência de evidências concretas do impacto direto do derramamento na atividade econômica do reclamante.

Este julgamento ilustra as dificuldades enfrentadas pelos pescadores diante das limitações das políticas públicas e das exigências judiciais para reivindicar seus direitos.

Consequências amplas do derramamento de óleo no nordeste

Os efeitos do derramamento de óleo em 2019 foram amplos e ainda repercutem nas comunidades locais. A catástrofe atingiu não apenas o setor pesqueiro, mas também turismo, hotelaria e comércio. Embora matérias jornalísticas e estudos possam evidenciar esses impactos, provar prejuízos específicamente atribuíveis a indivíduos continua sendo um desafio significativo.

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