Investigação aponta que Ronnie Lessa estaria envolvido em morte de professora

O jornalista Chico Otávio, comentarista do Jornal da Tupi, trouxe à tona uma nova e chocante revelação sobre Ronnie Lessa, assassino condenado pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. De acordo com informações apuradas pelo jornalista e publicadas no site PlatôBR, Lessa também estaria envolvido no homicídio da professora Patrícia Simões Mendes Guimarães, de 32 anos, ocorrido no dia 24 de abril de 2007, há 17 anos.

Os detalhes do crime

Na manhã daquele dia, Patrícia saiu de casa e caminhou até a esquina, onde foi surpreendida por um carro que parou ao seu lado. Um dos ocupantes do veículo realizou três disparos: dois atingiram seu tórax e um, o antebraço esquerdo. A professora foi levada ao pronto-socorro, mas já chegou sem vida.

A revelação que reabriu o caso

O caso de Patrícia permaneceu arquivado até recentemente, quando uma revelação inesperada no âmbito das investigações sobre os mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes reacendeu a possibilidade de esclarecer o crime. Em depoimento, o ex-policial militar Élcio Queiroz, condenado a 59 anos de prisão por participar da execução de Marielle e Anderson, mencionou o nome de Lessa ao relembrar o caso da professora.

“Foi coisa do Lessa”, disse Élcio, descrevendo o assassinato de Patrícia e o motivo fútil que teria levado Lessa a cometer o crime: ela teria contado para Elaine Pereira de Figueiredo, esposa de Lessa, sobre a existência de uma filha fora do casamento, o que desencadeou a fúria do assassino.

Caminhos para uma possível reabertura

Apesar de o caso estar oficialmente arquivado, as autoridades já iniciaram verificações preliminares com base nas declarações de Élcio. No Brasil, um processo criminal pode ser reaberto caso novas provas surjam, desde que não tenha ocorrido extinção de punibilidade, o que se aplica ao crime contra Patrícia. O desarquivamento pode ser solicitado por qualquer parte interessada, diretamente na 1ª Vara Criminal da Capital, onde o caso tramitou.

Após perder uma perna em um atentado à bomba em 2009, Ronnie Lessa foi reformado e passou a atuar como assassino de aluguel, acumulando fama e fortuna até ser preso em 2019 pelo assassinato de Marielle e Anderson.