Brasil
Coberturas menores e mais baratas podem fazer saúde suplementar crescer no Brasil
Especialistas discutem regulamentação de planos mais acessíveis para revitalizar o mercado de saúde suplementar no Brasil.Durante a edição 2024 da FISWEEK, realizada na EXPOMAG, Rio de Janeiro, foi discutida a possibilidade de impulsionar o crescimento do setor de saúde suplementar no Brasil através da regulamentação de planos de saúde mais simples e específicos. Nos últimos dez anos, o setor cresceu apenas 1,82%.
Especialistas presentes no evento, organizado pela ABRAMGE, destacaram a necessidade de flexibilizar a cobertura dos planos, que atualmente precisam atender 97% das necessidades dos usuários, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Diretor Comercial do Grupo Assim Saúde, Fábio Maia, apresentou dados significativos durante sua palestra intitulada “Plano ambulatorial: Cenário atual e as perspectivas de mudanças”. Maia revelou que os estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul possuem o maior percentual de usuários de planos ambulatoriais, com 566 mil vidas, ou 3,3% da população. Em termos nacionais, esse contingente é inferior a 1%.
Maia também destacou que o mercado de cartões de benefícios de saúde já supera o da própria saúde suplementar, com 60 milhões de usuários, comparados aos 50 milhões de vidas com planos. Ele afirmou: “Se pudermos ofertar formatos mais simples no âmbito ambulatorial, certamente estaremos contribuindo para suprir muitas das demandas existentes no vácuo que há entre a opção pública (SUS) e os planos de saúde tradicionais”.
Essa modificação na regulamentação é vista como essencial para atender a uma necessidade crescente de formatos de cobertura mais acessíveis e específicos. A FISWEEK continua ao longo da semana, reunindo especialistas e profissionais do setor de saúde para discutir desafios e inovações na área.