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Vídeo mostra advogada e a mãe sendo agredidas por policiais em mercado
Quatro PMs são acusados de agredir advogada e servidora pública após desentendimento em supermercado em Santa CatarinaQuatro policiais militares estão sendo investigados por agressão contra uma advogada e sua mãe, uma servidora pública, após um desentendimento entre um cliente e uma funcionária em um supermercado na cidade de Içara, em Santa Catarina. Imagens que circulam na internet mostram toda a ação. Veja abaixo:
De acordo com a Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), os agentes foram acionados para uma ocorrência de injúria ou comunicação falsa de crime em um estacionamento de supermercado, onde inicialmente uma funcionária e um cliente haviam se desentendido.
Em entrevista à CNN Brasil, a advogada relatou que estava no estabelecimento e observou um menino sendo conduzido pelos agentes. “Ele não estava consciente, eles estavam pegando os braços dele puxando para trás, botaram a mão na nuca dele e puxavam para baixo”, contou.
“Eu só fui olhar […] eu fui acompanhando para ver o que estava acontecendo porque eu não tinha entendido”, explicou.
Segundo a advogada, os agentes mexeram na bolsa do menino durante a abordagem. “Eu pensei ‘bom ele furtou né’, mas não saía nada da bolsa e eu estava tentando entender o que tinha acontecido e nisso eu fiquei parada ali olhando e a polícia vem e me interpela e diz o que está fazendo aqui?”, relatou.
Em seguida, os policiais obrigaram que ela saísse do local e jogaram gás de pimenta em seu rosto. “A minha mãe vem, né para tentar ver o que está acontecendo, eles jogam o gás de pimenta no rosto dela”, afirmou.
A PMSC informou que as atitudes dos policiais estão sendo investigadas ao deterem duas mulheres que se envolveram durante o atendimento da primeira ocorrência e que o cliente estaria “supostamente injuriando a trabalhadora”.
“Um Inquérito Policial Militar foi instaurado pelo Comando do 29º BPM para apuração dos fatos”, afirmou a PM.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santa Catarina disse em nota que acompanha o caso e solicitou o afastamento dos policiais militares envolvidos. “A Ordem está cobrando a apuração rigorosa dos fatos, com o devido respeito à lei e aos direitos da profissional agredida. Este é mais um triste episódio de violação às nossas prerrogativas”, destacou a presidente da OAB-SC, Cláudia Prudêncio.