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5 dicas para reduzir o estresse do cachorro durante a chuva

Veja como adotar algumas estratégias para ajudar o animal a lidar com o medo da tempestade

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Os cachorros têm a audição sensível e podem se assustar com a chuva (Imagem: Valerie Nik | Shutterstock)

A audição dos cães é um dos sentidos mais desenvolvidos do reino animal, superando em muito a capacidade auditiva humana. Essa sensibilidade permite que detectem ruídos a longas distâncias e percebam nuances sonoras que passam despercebidas por nós. Durante chuvas intensas, comuns no verão, os sons do vento, trovões e gotas caindo em diferentes superfícies podem ser extremamente perturbadores para os cães, gerando desconforto, estresse, ansiedade e até medo.

Durante um episódio de estresse, o cachorro demonstra diversas características que devem ser observadas pelos tutores. As principais são: 

  • Tremores excessivos;
  • Tentativas de fuga;
  • Perda de apetite;
  • Respiração rápida;
  • Latidos frequentes;
  • Inquietação. 

Para auxiliar os tutores nessa situação, Karin Botteon, médica-veterinária e gerente técnica da área de pets da Boehringer Ingelheim, apresenta cinco dicas para ajudar a relaxar o cão em um momento de tensão. Confira! 

1. Medicamentos naturais ou farmacêuticos 

A utilização dos feromônios, como aqueles análogos sintéticos do odor materno, estão disponíveis no formato de spray ou difusores e ajudam os cães a se sentirem seguros e protegidos no ambiente, sendo uma excelente opção para acalmar os pets

Outra estratégia que pode ser aplicada é a suplementação com produtos naturais como triptofano, passiflora, entre outros, ou até mesmo medicamentos que podem aliviar o estresse. Porém, o uso destas ferramentas é indicado apenas com orientação veterinária.  

2. Fones de ouvido para cachorros 

Existem no mercado fones ou tampões de ouvidos específicos para cachorros, sendo uma ótima opção para abafar os ruídos das chuvas. No entanto, quando os cães não estão habituados a usar esse tipo de equipamento, é fundamental que o tutor realize um treinamento prévio para que o animal se acostume e não rejeite os fones.

Cachorro deitado tranquilo em sua caminha
O ideal é criar um ambiente relaxante para que o cachorro se mantenha calmo durante a chuva (Imagem: Rodrigo Pukan | Shutterstock)

3. Mantenha seu cão distraído e entretido durante a chuva 

Criar um ambiente agradável, fechando cortinas e janelas, diminuir a luz do ambiente e o uso de caminhas ou casinhas confortáveis, é de extrema importância. Ligar a TV ou colocar músicas relaxantes no ambiente pode ajudar a distrair o cão durante a tempestade também. O uso de brinquedos interativos, especialmente aqueles que liberam ração ou petisco, é ainda mais indicado, pois desvia a atenção do animal dos ruídos. 

4. Treinamento é a chave para o sucesso 

Idealmente, o treinamento para estas situações deve ser iniciado desde filhote e o tutor pode utilizar vídeos com sons de chuva e trovoadas durante interações, positivas como brincadeiras e petiscos, de forma que o cão associe aqueles sons a algo que o deixa feliz e relaxado. A intensidade dos ruídos deve ser gradativamente aumentada durante o período de treinamento para não haver um susto ou estresse ao primeiro contato com os ruídos. 

No entanto, se o cão já é adulto, praticar comandos básicos, como “sentar” e “deitar”, durante a tempestade, com o auxílio de petiscos e brincadeiras, pode auxiliar na distração do cão, exigindo foco e concentração e redirecionando sua atenção do medo para uma atividade que requer esforço físico e mental.

5. Mantenha a calma 

Além dessas estratégias, a especialista ressalta a importância de o tutor se sentir calmo durante toda essa situação, já que o cachorro pode perceber a ansiedade e se estressar ainda mais. “O primeiro passo para que o cão se sinta seguro é entender que os humanos não estão aflitos com a situação. Antes de realizar qualquer interação, certifique-se de estar calmo e converse com seu pet de maneira reconfortante e em um tom suave. Isso fará total diferença durante o episódio”, complementa Karin Botteon. 

Em casos mais graves, quando os métodos descritos não acalmam o animal, é recomendado consultar um médico-veterinário comportamentalista. O profissional poderá apresentar novos caminhos personalizados para auxiliar no controle da ansiedade durante crises mais intensas. 

Por Breno Beham

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