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Automobilismo

Volante: Um elo entre o passado e o futuro dos carros autônomos

Carros autônomos: Tecnologia e desafios

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Créditos: depositphotos.com / Prostock

Os carros autônomos estão rapidamente ganhando espaço e se mostram como uma revolução no contexto da mobilidade urbana. Embora prometam uma experiência de viagem mais segura e eficiente, a necessidade de intervenção humana ainda é um ponto crítico. Para muitos, a presença de um volante em veículos sem motorista pode parecer paradoxal, mas desempenha um papel essencial na atual fase de transição tecnológica.

Instituições de ensino e empresas ao redor do mundo estão trabalhando juntas para aprimorar a capacidade autônoma dos veículos. Esse esforço colaborativo é crucial, pois os desafios são complexos e exigem uma abordagem multifacetada. No Brasil, parcerias como a da Universidade de São Paulo com a Scania representam um passo importante nesse processo.

Como Funciona a Tecnologia de Autonomia em Veículos?

A tecnologia por trás dos veículos autônomos é sofisticada e baseada em uma combinação de sensores avançados, inteligência artificial e sistemas de navegação inovadores. Esses elementos trabalham juntos para permitir que o veículo perceba seu ambiente, tome decisões seguras e navegue sem a necessidade de um motorista. Contudo, alcançar a automação total é um desafio substancial.

A Sociedade de Engenheiros Automotivos (SAE) classificou a automação em cinco níveis, variando desde simples funções automáticas até a completa independência de controle humano.

  • Nível 1: Combina recursos como piloto automático em situações limitadas.
  • Nível 2: Inclui controle adaptativo de velocidade, exigindo supervisão constante.
  • Nível 3: Permite a operação semiautônoma, mas com atenção do motorista necessária.
  • Nível 4: Os veículos podem se mover sozinhos em situações específicas, necessitando ocasionalmente de intervenção.
  • Nível 5: A meta final, onde o carro opera sem qualquer necessidade de controle humano.

Por que Manter o Volante em Carros Autônomos?

Homem em carro autônomo (Créditos: depositphotos.com / Prostock)

A manutenção do volante e outros dispositivos de controle manual nos modelos autônomos se deve principalmente ao estágio em que a tecnologia se encontra. Embora a autonomia avançada esteja sendo desenvolvida, imprevistos e cenários complexos exigem uma resposta humana rápida, como forma de garantir a segurança.

Empresas em cidades como San Francisco e Las Vegas utilizam técnicos especialistas para monitorar e, quando necessário, tomar o controle dos veículos em situações adversas. Essa prática é não apenas uma precaução, mas também uma necessidade até que a tecnologia se torne confiável o bastante para eliminar completamente a intervenção humana.

Quais São os Obstáculos à Autonomia Total?

Apesar dos rápidos avanços, o caminho para a completa automação está repleto de desafios. Entre eles, o custo da assistência técnica remota e o desenvolvimento de sistemas completamente seguros e eficazes em todas as condições ambientais. Além disso, existem preocupações com a viabilidade econômica, uma vez que a necessidade de suporte humano encarece significativamente o uso dos robôtaxis em relação aos transportes tradicionais como o Uber e o Lyft.

Conforme apontado pelo professor Thomas W. Malone, do MIT, ter um motorista humano pode ainda ser mais vantajoso em várias situações, evidenciando que mesmo os carros mais avançados em tecnologia autônoma ainda não estão prontos para operar de forma completamente independente.

O Futuro dos Carros Autônomos

Embora o desenvolvimento dos veículos autônomos esteja acelerado, o caminho para a completa autonomia ainda tem muitos obstáculos a serem superados. A evolução contínua da tecnologia, aliada a um cuidadoso controle humano, promete trazer um futuro onde os benefícios da automação completa podem ser colhidos, aumentando a segurança e eficiência nas estradas.

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