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Câmara de Vereadores homenageia Preto Zezé com título de Cidadão Honorário do Rio de Janeiro

Solenidade contou com a presença de lideranças de diversas comunidades, além de empresários e ativistas

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Preto Zezé e Carlo Caiado Fotos: Eduardo Barreto

Nesta segunda-feira (4), comemora-se o Dia da Favela e a Câmara de Vereadores do Rio condecorou o ativista e empresário Preto Zezé, co-fundador da Central Única das Favelas (CUFA) e atual presidente da CUFA RJ, com o título de Cidadão Honorário do Rio de Janeiro. A iniciativa foi do presidente do legislativo carioca, vereador Carlo Caiado (PSD), em conjunto com os demais integrantes da Mesa Diretora: Tânia Bastos (Rep), Marcos Braz (PL), Rafael Aloísio Freitas (PSD) e William Coelho (DC).

Reconhecido como uma das maiores lideranças das favelas brasileiras, Preto Zezé é empreendedor, produtor artístico, musical, escritor e ativista brasileiro. Filho de um casal de retirantes, com mãe doméstica e pai pintor da construção civil, foi criado na favela das Quadras, em Fortaleza, e trabalhou como lavador de carros aos 15 anos, antes de ingressar nas causas sociais.

Além de seus diversos papeis, tornou-se uma figura de grande destaque nas causas sociais do país e no debate sobre o racismo no Brasil e sua relação com a desigualdade social. O mais recente cidadão carioca é um árduo defensor, divulgador e propulsor incansável da importância das Favelas. O ativista luta pela valorização das favelas e, principalmente, pela humanização e pela qualificação de vida de seus moradores

Caiado, que presidiu a sessão, reforçou a importância da relação entre o legislativo carioca e as comunidades: “Favela é empregabilidade, inclusão social e turismo, e o Preto Zezé representa isso. A gente fica muito feliz em ser o condutor dessa homenagem, e o local não poderia ser melhor: na casa do povo, que expressa a voz da população”.

Durante a sessão, foram mencionadas algumas leis aprovadas na Câmara do Rio que atuam objetivamente sobre as comunidades, como por exemplo a lei nº 7.029/2021, que define prioridades no Programa Minha Casa, Minha Vida para famílias vítimas de desabamentos. Uma outra citada, também muito relevante, é a lei nº 6.981/2021, que criou o Programa Permanente de Reforço Escolar aos alunos matriculados nas Unidades Municipais de Ensino, em especial os residentes em Áreas de Especial Interesse Social (AEIS) e/ou comunidades.

Preto Zezé: “Favela não é carência; é potência”

O agora carioca, Preto Zezé, agradeceu e prometeu honrar o reconhecimento com muito trabalho: “Quero somar com as experiências que o Rio já tem e inspirar cada vez mais o Rio que, tem seus desafios, mas também tem seus encantos, como diz o hino. As favelas já somam R$ 222 bilhões em poder de consumo e não se pode pensar em nada no Brasil sem elas. Favela não é carência; é potência”, destacou.

A mesa foi composta por Lucas Padilha, presidente do comitê Rio G20; Tatiana Roque, vereadora eleita para a próxima legislatura; Michelle Novaes, CEO do 15º Ofício de Notas; Elaine Cacavo, vice-presidente da CUFA RJ; e Wellington Galdino, diretor-executivo da CUFA nacional.

Galdino, por sua vez, defendeu a importância do evento: “Quando a gente vê a favela dentro desse espaço é um momento muito importante pra mim. Fui criado em favela e hoje estamos aqui, em um espaço como esse”.

Presente na plateia, Celso Athayde, um dos co-fundadores da CUFA, destacou a importância da valorização das comunidades: “Sei o quanto as pessoas nas favelas querem viver dias menos tensos e com menos conflitos. Para que isso seja uma realidade, é preciso que o país mude”. O ativista, que é internacionalmente reconhecido pela sua luta em prol das comunidades, ainda reforçou: “A política é o caminho. Não existe saída sem a política”.

Lideranças de diversas comunidades do Rio, além de outros representantes da CUFA e representantes de movimentos sociais, compareceram à solenidade para prestigiar o homenageado. Também esteve presente a vereadora Mônica Cunha, presidente da Comissão Permanente de Combate ao Racismo.

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