Super radar, protocolo de calor e parceria com a Nasa: confira detalhes do Plano Verão no Rio

O Rio de Janeiro se prepara para a temporada de chuvas intensas na virada do ano. A expectativa é de que a cidade seja atingida pelas fortes chuvas em novembro, dezembro e janeiro.

O Plano Verão, montado pelo poder público para conter os danos causados pela chuva e pelo calor extremo, recebeu o investimento de mais R$ 3 bilhões. A prefeitura do Rio considera Lagoa, Vila Isabel, Paciência, Jacarepaguá e Guaratiba como os pontos mais críticos para enchentes e alagamentos.

O município também apresentou um novo protocolo para alertar os danos causados pelo calor no período de verão também foi criado. A sigla NC, que significa nível de calor, terá cinco pontos de alerta para os cariocas.

O prefeito Eduardo Paes disse que a capital terá o primeiro radar meteorológico para reduzir esses prejuízos.

“Esse ano a gente tem o primeiro verão com esse novo radar meteorológico, ou seja, isso tudo, imagino eu, que facilite o nosso trabalho de previsão, de acompanhamento, de aproximação, de precipitações mais fortes”, disse.

Super radar

O radar 3D é uma das principais inovações tecnológicas para o monitoramento climático na cidade. Ele tem a capacidade de realizar uma leitura tridimensional dos núcleos de chuva.
Essa tecnologia permite uma análise mais completa e precisa dos eventos meteorológicos, o que inclui a previsão de curto prazo, identificação de chuvas fortes e possibilidade de ocorrência de granizo.

Com a operação desse radar, o Rio de Janeiro se torna uma das cidades com uma das maiores capacidades de previsão meteorológica de curto prazo, fortalecendo a preparação para o verão.

Novo protocolo de calor

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, também presente no anúncio, disse que o último nível do protocolo vai orientar a suspenção de atividades externas na cidade.

“Nosso modelo epidemiológico [nível 4] a gente mostra que nesse nível de temperatura é ideal que a gente suspenda algumas atividades externas, alguns trabalhos externos, já recomende as pessoas evitarem práticas de atividade física sob sol, na praia ou em qualquer outro local que seja”, disse.

Soranz também ressaltou que, as regiões mais áridas do Rio de Janeiro serão mais impactadas pela onda de calor durante o verão.

Apesar da expectativa de menor impacto causado pelo temporal, o município deve ter um calor menos intenso em comparação com mesmo período do ano passado, quando havia o fenômeno El Niño.

Enchentes

Uma das grandes preocupações de quem mora na Zona Norte do Rio é a enchente provocada pelas chuvas de verão. Para reduzir os alagamentos, a prefeitura iniciou o processo de licitação para a segunda fase das obras no Rio Maracanã.

De acordo com o executivo municipal, um túnel será construído para desviar o fluxo de água, diminuindo os riscos de inundação nos bairros da Grande Tijuca. A informação foi divulgada por Wanderson Santos, presidente da Fundação Rio Águas, que participou da coletiva.

As obras giram em torno de 21 milhões de reais. Os valores serão repassados pela Caixa Econômica Federal aos cofres da prefeitura.

Parceria com a Nasa

A capital fluminense conta com uma parceria com a Nasa para monitorar possíveis deslizamentos de terra. A tecnologia intitulada modelo de Avaliação de Perigos de Deslizamento para Consciência Situacional (Lhasa Rio) permite acompanhar os riscos de deslizamento na cidade.

Ao saber onde a precipitação está mais forte e onde há perigo de deslizamento de terra, o Centro de Operações Rio (COR) monitora se esses riscos podem atingir imediações de ruas, avenidas e estradas da cidade.