Rio
Tiroteio na Muzema tem cinco presos e um morto
Policiais estavam realizando um patrulhamento na região quando foram atacados por criminosos em uma área de mataA Polícia Militar prendeu nesta quarta-feira (30), cinco criminosos durante um tiroteio na comunidade da Muzema, na Zona Oeste do Rio. Um sexto suspeito foi baleado e encaminhado para o Hospital Municipal Lourenço, na Barra da Tijuca, mas não resistiu e morreu a caminho da unidade.
De acordo com a corporação, os policiais estavam realizando um patrulhamento na região quando foram atacados por criminosos em uma área de mata. Além dos presos, foram apreendidos ainda sete fuzis, duas pistolas, carregadores e munições.
O governador Claudio Castro comentou a ação:
“Somente este ano, as polícias apreenderam mais de 540 fuzis. Estamos falando de armas de guerra que entram facilmente pelas fronteiras do país. Precisamos rever a nossa legislação penal e punir com rigor quem porte armas desse calibre, além de integrar as forças de segurança do Brasil para fiscalizar com eficiência as nossas barreiras territoriais” declara Castro.
Segundo o governador, estas armas não são fabricadas no Estado do Rio de Janeiro. Dos fuzis apreendidos pela Polícia Militar este ano, 90% foram produzidos em outros países e 80% deles provavelmente chegaram ao Brasil pelas fronteiras, que precisam de atenção especial do governo federal.
Guerra entre facções
A guerra pela disputa territorial entre facções criminosos rivais tem deixado os moradores da Muzema apavorados. O clima é tenso na região há quase um mês. Diversos ônibus já foram sequestrados e utilizados como barricadas por criminosos. Moradores ficaram feridos e diversas armas e munições já foram apreendidas.
Há uma semana, no dia 23 de outubro, criminosos sequestraram três ônibus e bloquearam a entrada da comunidade.
Segurança pública
Em entrevista à TV Globo nesta quarta-feira (30), o governador Cláudio Castro propôs uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para aumentar controle do estado sobre a segurança pública.
Segundo o chefe do executivo estadual, por meio da PEC, seria possível realizar ações mais diretas contra os crimes frequentes no estado. A ideia é que a Justiça Estadual tenha maior autonomia, sem a necessidade de repassar certas decisões para a Justiça Federal.