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Treinadores da infância exaltam Vinícius Júnior: ‘fazia diferença’
Jogador é cotado para vencer a Bola de Ouro
Nesta segunda-feira (28), Vinicius Júnior pode ser eleito o melhor jogador do mundo ao conquistar a Bola de Ouro, prêmio dado pela revista France Football. O atleta do Real Madrid está perto de quebrar um jejum brasileiro que já dura 17 anos. Com o troféu, o Brasil pode chegar ao seu quinto jogador eleito melhor do mundo na história.
Revelado pelo Flamengo, ele foi treinado por Gilmar Popoca, ex-jogador do Rubro-negro, na base da equipe. O técnico comentou sobre a infância e amadurecimento de Vini Jr.
“Ele era um garoto alegre, novinho ainda, tinha 12, 13 anos. Era um garoto que gostava de se divertir com a bola, gostava de brincar com ela, ele já jogava ali pelos lados do campo, e gostava do drible, já gostava de fazer um contra um contra os adversários. É lógico, era muito jovem, um garoto muito novinho ainda, e realmente curtia o que fazia, então a gente, pouco a pouco, com o passar do tempo, vai passando o entendimento do jogo, a posição, a maneira que tem que jogar, mas isso é tudo gradativamente. Isso ele aproveitou muito bem.”
Vini marcou 14 gols e deu cinco assistências em 69 jogos disputados pelo time profissional do Rubro-negro. Por conta da grande identidade com o Flamengo, Gilmar Popoca falou sobre a importância do clube para a formação do camisa 7 do Real Madrid.
“Eu acho que o Flamengo é importante sempre, porque primeiro ele chegou pra vir pra uma categoria de base lá na fase inicial. Falar de Flamengo é até difícil, porque realmente o Flamengo é um dos grandes clubes do futebol brasileiro, que revela muitos jogadores, já tinha aquele slogan de ‘craque, o Flamengo faz em casa’, então eu acho que a importância do Flamengo é muito grande, eu acho que foi um momento maravilhoso, porque ele sai do Flamengo já com um certo destaque, somente por ser um atleta jovem, e vai também pra uma outra grandiosa equipe, que é o Real Madrid.”
Fernando Lessa, ex-treinador de futebol do Vinícius Júnior, explicou o momento em que percebeu que o jogador poderia se tornar um craque.
“Isso eu notei desde o início que eu tive contato com ele pela primeira vez, numa competição que nós participamos, e ele fez parte. Eu participava de um núcleo e fizemos um apanhado dos melhores jogadores de vários núcleos aqui de São Gonçalo, de onde nós somos oriundos. Ele fez parte dessa equipe que eu dirigi, então desde o primeiro contato que eu tive com ele, e nessa época ele tinha sete anos, ele jogou então na minha equipe da galerinha de sete anos, e onde ele foi o único jogador que realmente fez a diferença durante a competição toda, então foi o jogador que foi a revelação na competição, foi artilheiro, realmente ele fazia diferença no jogo, então nesse momento já notei.”
A última vez que algum jogador do Brasil venceu o prêmio dado pela revista France Football foi em 2007, com Kaká. Antes dele, Ronaldo ganhou em 1997 e 2002, enquanto Rivaldo conquistou em 1999 e Ronaldinho Gaúcho em 2005. Neymar nunca ganhou o troféu, mas já ficou no pódio em 2015 e 2017, ocupando a terceira colocação.
Em 2015, Pelé, que não podia ser eleito melhor do mundo na época em que jogava por ser um prêmio exclusivo para quem atuava no continente europeu, foi reconhecido como vencedor em sete oportunidades: 1958, 1959, 1960, 1961, 1963, 1965 e 1970.